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Famosos no picadeiro
Gabriela Germano
Da TV Press
26/10/2008 | 07:02
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Na segunda edição do Circo do Faustão, nem todos os famosos fazem papel de palhaço. Mas como artistas em situações inusitadas chamam a atenção do público, a equipe do Domingão resolveu investir novamente na idéia, que volta ao programa no dia 9 de novembro. "Não deixa de ser um reality show. É o famoso mostrando a sua própria cara em uma atividade diferente. Telespectador nenhum rejeita isso", aposta o diretor do quadro Henrique Matias, ao afirmar que os resultados da primeira edição superaram as expectativas.

Sob uma lona montada no Projac, complexo de estúdios da Globo, os participantes entram no clima do mundo circense não só ao ensaiar para as provas que vão apresentar. O calor persistente também remete às matinês circenses que percorrem cidades do interior do País.

Ana Luiza Castro, Bárbara Borges, Caio Castro, Cássio Reis, Cris Vianna, Latino e Samantha Schmutz compõem a trupe. É verdade que nem todos são tão famosos assim entre o grande público. Mas é difícil ter atores do primeiro escalão da Globo no quadro, já que a prioridade deles é gravar novelas. "Uma das grandes dificuldades de montar essa turma é conciliar agendas. Só chamamos quem realmente estava a fim de fazer", enfatiza o diretor Henrique.

EMPOLGAÇÃO - O novato Caio Castro, o Bruno de Malhação, é um dos mais empolgados. O ator conta que, sem o consultar, seu agente disse ‘não' ao convite do programa devido à agenda cheia de compromissos e gravações. Mas quando Caio ficou sabendo, não hesitou em correr atrás da equipe e mostrar sua vontade em participar. "Estou adorando. Treino umas oito horas por dia porque o circo requer muita força e concentração", valoriza o ator.

Latino, por sua vez, teme não se sair tão bem quanto os colegas porque está tendo dificuldades para conciliar os treinos com o lançamento de seu novo DVD. "Cancelei alguns shows que ia fazer aos domingos para poder participar. É um sonho de menino, porque quando eu era moleque nem sempre tinha dinheiro para ir ao circo", recorda o cantor em tom sentimental. Ele antecipa que a prova mais difícil é a do trapézio. "Tenho fobia de altura. Mas vou tentar vencer esse medo", avisa.

Entre as mulheres, o comum é a reclamação em relação às manchas roxas espalhadas pelo corpo. "Estou me recuperando de uma dor forte no pescoço e no primeiro dia de treinos fiquei com dor de barriga", conta Bárbara Borges, que acompanhou a performance do amigo Alexandre Slaviero na primeira edição e aceitou o convite prontamente. Já Samantha Schmutz, que interpreta Juninho Play no Zorra Total, assume que pensou um pouquinho antes de dizer sim. "Ninguém quer pagar mico na televisão", justifica.

PRODUÇÃO - Se a dificuldade dos artistas é se equilibrar sobre bolas, monociclos ou entre tecidos, a equipe de produção também tem de se esforçar para levar o quadro ao ar. "É muito difícil levar um trapézio para dentro de um estúdio", exemplifica o diretor Henrique Matias. Alessandra Brantes, assessora da Coordenação Nacional de Circo que coordena a equipe de professores dos artistas, conta que foi preciso idealizar um tipo diferente de trapézio para o quadro. "Tivemos de criar um aparelho que não fosse fixado em local nenhum. Mas valeu a pena", destaca Alessandra, ao enfatizar que o grande valor do quadro é buscar professores que são artistas circenses vindos das diferentes regiões do País e expor mais essa arte. "Antes alguns circos tinham dificuldade para entrar nas cidades. O programa facilitou isso, porque agora é legal falar de circo", diz ela.

E para a direção do programa, vale a pena tanto esforço? A resposta do diretor está na ponta da língua. "No domingo, precisamos atingir um público muito diverso. O circo atrai dos velhinhos às crianças. E atrai também os patrocinadores", justifica Henrique, ao dizer que já pensa na terceira edição.




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