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Itanhaém: história e natureza
Margareth Meza
Especial para o Diário
24/01/2008 | 07:05
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Os 26 mil metros de costa que compõem Itanhaém, a 107 quilômetros da Capital, não são os únicos atrativos da estância turística do Litoral Sul paulista. Segunda cidade mais antiga do País, fundada logo após São Vicente, em 22 de abril de 1532, reserva passeios culturais, ecológicos e náuticos desconhecidos por boa parte dos visitantes que para lá se dirigem.

As atrações históricas do Centro não podem ficar de fora do roteiro turístico. Além de lojas, restaurantes e supermercados, há diversas edificações antigas, todas concentradas nas imediações da Praça Narciso de Andrade.

Como a área é pequena, em uma única tarde é possível visitar todos os atrativos existentes por lá, como a Igreja Matriz, a Casa de Câmara e Cadeia, o Convento do Morro do Itaguaçu, além de uma série de casas geminadas onde funcionam lojas e restaurantes.

Para iniciar o tour, aproveite que o corpo está descansado e suba o Morro do Itaguá. Lá, será possível conhecer o Convento Nossa Senhora da Conceição.

A caminhada cansa um pouco, mas o santuário, datado de 1532, preserva um Pelourinho e uma imagem de Nossa Senhora da Conceição, além de três santos do Pau Oco com mais de 300 anos. Na época da colonização, os artistas costumavam esculpir imagens sacras ocas, que eram utilizadas como esconderijo para ouro e pedras preciosas. Elas seguiam para a Europa sem o pagamento de impostos e retornavam de Portugal recheadas de dinheiro falso. Por isso, a expressão sobreviveu até hoje para designar falsários e mentirosos.

MAIS HISTÓRIA

Depois do Convento, o segundo ponto turístico mais antigo de Itanhaém é a Casa de Câmara e Cadeia, erguida em meados de 1624. Em 1829, no andar superior, passou a abrigar a Câmara Municipal, que hoje está instalada na Rua João Mariano Ferreira, Vila São Paulo.

Na época, a edificação abrigava arruaceiros e ladrões de galinha. Hoje, o espaço sedia exposições e preserva algumas grades das celas e duas paredes da época, construídas com 60 centímetros de espessura. Até o dia 6 de fevereiro, fica em cartaz no local a exposição Lembranças Atuais, de Carmen Seiler. Trata-se de uma mostra de pinturas a óleo, que apresenta traços marcantes da década de 1950 aos dias atuais.

Logo à frente, está a Igreja Matriz de Sant’Anna, que teve sua construção iniciada em 1639 e finalizada em 1761, segundo alguns historiadores. Restaurada em 1998 por causa de focos de cupins presentes no assoalho e nas peças de madeira, possui estilo barroco e características de mais de 300 anos.

Por fim, traços históricos da cidade podem ser observados na Aldeia Indígena Piaçaguera, da tribo Nhandevá, instalada perto do Balneário Gaivota, no bairro Santa Cruz. Atualmente, vivem na área cerca de 60 índios, que sobrevivem da colheita de palmito.



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