O técnico Bernardinho manifestou sua vontade em continuar à frente do comando da seleção brasileira masculina de vôlei, mas disse que ainda é cedo para definir essa situação. O Brasil ficou com a medalha de prata dos Jogos Olímpicos de Pequim ao perder a final para os Estados Unidos por 3 sets a 1, neste domingo.

"Difícil falar neste momento. Se eu puder contribuir com a continuidade, eu fico. No momento, não há posição sobre isso. O triste é perder o convívio com os atletas que vão sair. Éramos uma família. Se for para alguém chegar para melhorar e continuar o processo, eu saio e abro espaço para outro profissional capacitado", disse o treinador. O meio-de-rede Gustavo já anunciou que se despede da seleção.

Quem também pode deixar o time é o levantador Marcelinho, que ficou muito abatido com a derrota. O atleta, que substituiu Ricardinho, não participou do time campeão em Atenas-2004. "A medalha de ouro foi para a melhor equipe (os EUA), eles mereceram conquistar este título porque estão em um momento melhor que o nosso", disse.

Mas, segundo o levantador, as duas equipes cometeram diversos erros na decisão. "Acho que a partida foi equilibrada, mas não de um nível tão alto como se espera de uma final olímpica porque os dois times estavam tensos, nervosos e com pouca paciência", completou o levantador, que ressaltou que a seleção saiu "com a cabeça erguida".

Perto - Sem a medalha de ouro, o Brasil deixou de quebrar alguns tabus. O lugar mais alto do pódio faria o time de Bernardinho na mais vitoriosa da história, acima da União Soviética dos anos 70/80 e dos Estados Unidos nos anos 80.

Brasil também não conseguiu igualar URSS e Japão, os dois únicos países que conquistaram a medalha de ouro no vôlei masculino e feminino na mesma edição dos Jogos Olímpicos. Na manhã de sábado, as meninas do vôlei conquistaram o ouro.