Cultura & Lazer Titulo Música
Tihuana mantém receita
de rock com pegada

Banda põe fim a hiato de seis anos e reaparece
com álbum Agora É Pra Valer só com inéditas

Vinícius Castelli
Do Diário do Grande ABC
25/06/2013 | 07:00
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Divulgação


Para muitos, ela estava adormecida. Mas após passar seis anos entre shows e compondo músicas, a banda Tihuana decidiu colocar fim ao período sem lançar disco de estúdio. O grupo roqueiro tira do forno Agora É Pra Valer (Building Records, R$ 29,90 em média). O trabalho chega às prateleiras com 15 faixas e mostra que esse tempo fez bem aos integrantes. Com boa energia, traz músicas como Perto de Você, Longe de Mim, arranjada com melodias de violão, além da guitarra pesada, que, sem dúvida grudará na cabeça dos fãs.

“Curto muito a ‘vibe’ do CD. Foi gravado de forma muito orgânica, quase ao vivo, sem usufruir de todos os recursos tecnológicos que existem hoje nos estúdios”, diz o contrabaixista argentino Román Laurito. Dono de temas que ecoaram pelo Brasil, como Tropa de Elite, Pula! e Praia Nudista, o Tihuana conta também com a voz de Egypcio, PG (bateria) e Leo (guitarra).

O contrabaixista conta que algumas músicas começaram a ser escritas em 2008. “De lá para cá foram quase 50 composições e inúmeras demos, até fecharmos o repertório final do CD em 2013”, conta.

Agora É Pra Valer preserva a receita inicial da banda e traz faixas que poderiam muito bem figurar no disco de estreia do conjunto: Minha Rainha, Primeiro no Fim e Comboio do Terror, todas donas de refrãos pegajosos e frases de guitarra grudentas.

Uma delas inclusive, Minha Rainha, que abre o disco, conta com a participação especial do guitarrista e cantor Digão, do Raimundos. A faixa ganha ainda versão acústica que vem como bônus. “Somos fãs e amigos do Raimundos de longa data. Quando fizemos essa música, na hora do refrão sentíamos que a melodia tinha uma influência muito forte deles, então nada mais natural que chamar o próprio para cantar”, diz Laurito.

Além da receita clássica na música da banda, o Tihuana aposta em outras sonoridades no novo disco. Uma das canções, Arabian Song, traz clima exportado do Oriente Médio. Outra, Vento do Sul, é toda arranjada por gaita, responsabilidade de Baby Labarba. “São sonoridades que nunca experimentamos antes”, afirma o músico. “A música é um ser mutante, está sempre em constante mudança, certamente estamos mais maduros e experientes, mas a essência do Tihuana é a mesma, nosso espírito em relação à música não mudou”, afirma Laurito.

E talvez seja por esse fator que os antigos fãs, hoje adultos, continuem acompanhando o grupo. Mas agora ao lado de nova leva de fãs. “O Tihuana amadureceu junto com o público, mas sem perder a conexão com as novas gerações. No camarim sempre atendemos fãs dos 15 aos 35 anos. É normal ver uma molecada de uns 12 anos falando depois dos shows que começou a curtir Tihuana por influência dos pais ou de irmãos mais velhos.”  




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