Setecidades Titulo
Mães pedem sinalização em escola de S.Bernardo
Por Leandro Calixto
Do Diário do Grande ABC
18/08/2005 | 07:58
Compartilhar notícia


Falta de lombada, semáforo, placas de sinalização e ausência de guardas municipais para orientar o trânsito da rua Ademar Saraiva Leão são reclamações constantes das mães dos alunos da Emeb (Escola Municipal de Ensino Básico) Antônio Pereira Coutinho, no Jardim Laura, em São Bernardo. Para chegar à escola, os alunos caminham pelas estreitas calçadas e para atravessar a rua têm de contar com a benevolência dos motoristas. A rua é movimentada e os carros passam em alta velocidade. Há 15 dias, Dante Igor, de 4 anos, foi atropelado por uma moto quando chegava à escola. A criança sofreu algumas escoriações e ainda tem dificuldades para andar.

"Essa rua é um perigo porque os carros passam em alta velocidade. Não tem nenhuma sinalização. Só agora, depois de tantas reclamações e protestos, que a Prefeitura pintou uma faixa de pedestre em frente à escola. Mas isso não vai resolver nada. Temos que lembrar que os alunos que estudam na escola pertencem a faixa etária dos 3 aos 6 anos", lamenta a mãe de Dante, a dona-de-casa Patrícia Aparecida de Souza, 29, que também é membro da APM (Associação de Pais e Mestres) da escola e integrante da Associação de Moradores do Jardim Laura.

A revolta com a falta de sinalização é geral. As mães e moradores do Jardim Laura dizem já ter informado à Secretaria de Transportes da Prefeitura sobre a gravidade do problema. "Há mais de um ano protocolamos um pedido para que colocassem um semáforo e um guarda municipal em frente à escola. Mas como sempre nenhuma medida importante foi tomada. Nossas crianças continuam correndo grande risco", completou outra mãe de aluno, a dona-de-casa Luciana de Oliveira, 31 anos.

No horário de entrada e saída da escola, a rua fica lotada de crianças e a calçada estreita não comporta todos. Os motoristas não reduzem a velocidade nem mesmo na faixa de pedestre. Não existe qualquer placa de sinalização alertando o motorista que há escola no local.

"Qualquer dia desses vai acabar morrendo um por aqui. Precisamos de agentes de trânsito para orientar a saída e entrada dos alunos. Os motoristas que trafegam por esta região não respeitam os pedestres", afirma a aposentada Maria de Lurdes, 63, avó de Gabriel Cirilo de Almeida, 5 anos.

Quarta-feira, pouco depois das 12h30, horário de saída e entrada de alunos, quando o movimento já estava tranqüilo, surgiu um guarda municipal em frente ao portão principal. "Eles aparecem por aqui apenas uma vez por semana. Queremos que estejam aqui todos os dias monitorando a entrada de nossos alunos", disse a integrante da APM, Patrícia Oliveira.

Segundo Patrícia, a Secretaria de Transportes de São Bernardo alegou que nenhuma providência foi tomada porque o local não apresenta alto índice de acidentes. "Isto é um absurdo. Eles vão esperar morrer alguém para tomar uma atitude mais drástica." Procurada pela reportagem durante todo o dia de quarta-feira, a Prefeitura de São Bernardo informou que só irá se pronunciar sobre o caso do Jardim Laura nesta quinta-feira.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;