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Não é apenas mais uma baixa no berço petista
Por Fábio Martins
21/04/2018 | 07:00
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Assim como aconteceu diante do escândalo do Mensalão, em 2005, figuras simbólicas do petismo têm, aos poucos, deixado a legenda até mesmo em seu berço, como é considerado o Grande ABC, em meio à ampla crise política e ao desgaste no âmbito nacional, agravados com a Operação Lava Jato, embora a maioria dos dissidentes evite declarar publicamente que a situação tornou-se um peso. Desta vez foi José Montoro Filho, o Montorinho (sem partido), militante histórico e que completou sete mandatos na Câmara de Santo André. Nos últimos três anos a lista acumula outros nomes, a exemplo de Vanderlei Siraque (PCdoB), Mauricio Soares (PHS), Rogério Santana (Rede), Pio Mielo (MDB), Edgar Nóbrega (PDT) e Márcio Chaves (PSD). Alguns admitem desconforto. A principal consequência na instabilidade se deu no pleito de 2016, quando pela primeira vez o petismo ficou sem o comando de nenhuma prefeitura da região. E nos Legislativos também existe pouca resistência e apelo oposicionista. Os próximos passos tendem a ser decisivos para o significado da sigla, que vem perdendo espaço.

BASTIDORES

Defesa de Montorinho
Ao Diário, José Montoro Filho, o Montorinho, afirmou que sua saída do PT teve como um dos principais fatores uma falha no processo de defesa de seus recursos na Justiça Eleitoral. Segundo ele, um dos advogados do corpo jurídico da coligação que disputou as eleições de 2016 faltou à audiência no TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo), o que acarretou em decisão negativa em relação ao processo, que o impediu de assumir novo mandato na Câmara. “Isso fez com que tivéssemos que recorrer ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e infelizmente perdemos.” Por outro lado, Montorinho pontuou que vai recorrer ao STF (Supremo Tribunal Federal) para tentar reaver o posto. Não descartou assumir cargo no governo Paulo Serra (PSDB), embora negue que haja diálogo neste sentido.

Ex-adjunto de Santo André
O Ministério Público apresentou denúncia contra empresários e ex-funcionários da prefeitura de São Paulo por corrupção em um dos desdobramentos da Máfia do ISS, que neste caso em específico tratam-se das ‘vistas grossas’ à cobrança de tributos do Shopping JK Iguatemi, na Zona Sul da Capital. Entre os acusados, Ronilson Bezerra Rodrigues, então subsecretário de Finanças e que chegou a figurar como secretário adjunto de Santo André, no governo Aidan Ravin (Podemos). Os fiscais teriam recebido R$ 3 milhões em propina entre outubro de 2012 e junho de 2013.<EM>

Saia justa
O prefeito de Mauá, Atila Jacomussi (PSB), colocou a mulher, a primeira-dama e secretária de Políticas Públicas para as Mulheres, Andreia Rolim Rios, em saia justa na terça-feira. Durante cerimônia em que apresentou a ex-deputada estadual Vanessa Damo (MDB) como secretária de Relações Institucionais, o socialista comentou das cores das roupas dos presentes. Quando a própria emedebista citou ‘vermelho’, Atila, de prontidão, advertiu: “Vermelho, não. Bordô”, em nítida rejeição ao PT, principal adversário de seu governo. O prefeito só esqueceu – ou ignorou – que a própria mulher trajava um vestido longo e vermelho.

Emenda para suspender repasse
O prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior (PSDB), negou influência do Palácio da Cerâmica na emenda aprovada pelos vereadores na quinta-feira que, na prática, desautorizou o Palácio da Cerâmica a continuar contribuindo com o rateio para a manutenção do Consórcio Intermunicipal. “Aí precisa falar com a Câmara (sobre a decisão). O governo não se mete em projetos do Legislativo. De forma alguma (houve interesse do governo e iniciativa sobre a medida). De autoria do vice-líder do governo na Casa, Edison Parra (PSB), a proposta suprimiu da legislação local que estabelece os repasses de recursos do município a entidades o R$ 1,2 milhão que havia sido reservado para transferências ao colegiado de prefeitos durante o ano. 




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