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França liberta mulher de líder de grupo radical iraniano
Da AFP
03/07/2003 | 09:04
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A dirigente da organização Mujahedin Khalq, Maryam Radjavi, deixou nesta quinta-feira a prisão de Fleury Merogis, na periferia de Paris. Esposa do dirigente do grupo, Massoud Rajavi, ela foi presa no dia 17 de junho com outras 164 pessoas dentro de uma ação anti-terror.

O Mujahedin Khalq é a principal força de oposição armada ao regime islâmico do Irã. A organização foi fundada em 1965 por Massoud Rajavi, cuja mulher, Maryam, foi designada pelo movimento como "futura presidente do Irã".

Em 1979, o Mujahedin Khalq teve participação na revolução que derrubou o xá Reza Pahlevi, desfrutando assim de um breve período de legalidade. Mas, em 1981, com o rompimento do grupo com o aiatolá Khomeini, o Mujahedin Khalq foi colocado novamente na ilegalidade pelo regime, que iniciou uma sangrenta repressão contra os seus militantes.

Rajavi, que se define como líder de "um islã progressista" que mistura preceitos religiosos e conceitos de inspiração marxista, se refugiou na França em 1981. Cinco anos depois, se instalou no Iraque.

Com forças que oscilavam entre 10 mil e 15 mil combatentes, o grupo reivindicou várias operações armadas no Irã. A mais espetacular ocorreu em 1993, quando o grupo atacou oito oleodutos e o mausoléu do aiatolá Khomeini, perto de Teerã.

O grupo figura desde o ano passado nas listas de movimentos terroristas dos EUA e da União Européia.




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