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'Lula faz monólogos', diz Alckmin
14/08/2006 | 07:46
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O candidato à Presidência pelo PSDB, Geraldo Alckmin, disse domingo que o presidente e candidato do PT à reeleição, Luiz Inácio Lula da Silva, prefere o "monólogo" a ter de ir aos debates programados para essa eleição. "Tenho a impressão que ele gosta é de monólogo, mas não gosta de debate. Se ele está fugindo, não sei, mas isso só ele pode responder", disse depois de participar de um culto evangélico, na Vila Carrão, zona Leste de São Paulo. A tendência é que Lula não participe de debates no primeiro turno. "Cabe ao eleitor julgar aqueles que se recusam a participar. O debate é para o eleitor, não é para o candidato", prosseguiu. "Eu vou participar independente de quem vá e de quem não vá porque eu acho que esse é um dever de quem é candidato. Vida pública, o nome já diz, é pública. Você deve procurar, num processo eleitoral, possibilitar ao eleitor as melhores condições para sua escolha e para o seu julgamento", avaliou.

Para um público com cerca de 2 mil fiéis da Comunidade da Graça, o católico Alckmin pediu bênçãos para que "erre menos e acerte mais". "Respeito todas as religiões e ainda mais hoje (domingo), no Dia dos Pais, um dia da família, tenho a honra de poder participar dessa bela cerimônia." Alckmin é amigo do pastor Carlos Alberto Bezerra, presidente do Conselho de Pastores do Estado de São Paulo, que fez um discurso apaixonado sobre o candidato, apresentando-o como "o enviado de Deus para ajudar o povo brasileiro, tão enganado e vilipendiado nos últimos anos". Durante o culto, o candidato trocou elogios com o filho do pastor Bezerra, Carlos Bezerra Jr., vereador e candidato a deputado federal pelo PSDB, e falou sobre saúde. Bezerra Jr. também é médico, como Alckmin. "Hoje a medicina está muito melhor que antigamente. A expectativa de vida no Brasil é de 74 anos e as mulheres geralmente vivem 8 anos a mais que os homens. Os prognósticos são que em 2050 a média será de 100 anos. Quando eu vejo isso até brinco. As mulheres não morrerão mais", disse, provocando risos na platéia.

Imunidade – Alckmin voltou a criticar a posição de Lula sobre a imunidade parlamentar. No sábado, o presidente acusou a oposição de achincalhá-lo sem poder processar os parlamentares devido à essa imunidade. "Não fosse a imunidade, muitas das denúncias que levaram ao combate à corrupção não teriam aparecido", afirmou. "A imunidade não serve para proteger o crime, a corrupção. Ele (Lula) está errado", alfinetou. Como vem fazendo desde que as pesquisas de intenção de voto indicaram uma ampliação da vantagem de Lula em relação aos adversários, Alckmin voltou a apostar suas fichas no horário eleitoral na TV para alavancar sua campanha.




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