Política Titulo Diadema
Unido, governo Lauro Michels chegaria ao segundo turno

Desempenho de candidatos oriundos da gestão superou votação de Taka

Junior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
06/12/2020 | 07:00
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Divulgação


Se tivesse ido à disputa pela sucessão em Diadema unido, o governo do prefeito Lauro Michels (PV) teria, em tese, garantido a outra vaga no segundo turno contra o hoje prefeito eleito José de Filippi Júnior (PT). Somados, os votos dos prefeituráveis oriundos da gestão verde superaram o desempenho de Taka Yamauchi (PSD), derrotado pelo petismo no confronto final.

Taka abocanhou a vaga no segundo turno com 31.301 votos na primeira etapa do pleito. Juntos, o prefeiturável oficial do governo Lauro, o vereador Pretinho do Água Santa (DEM), e os candidatos Marcos Michels (PSB), Gesiel Duarte (Republicanos), Denise Ventrici (PRTB) e Arquiteto David (PSC), todos dissidentes da gestão verde, conquistaram 34.426 apoios, desempenho que poderia ter levado um representante do atual governo ao segundo turno com Filippi.

Escolhido como prefeiturável oficial do governo Lauro, Pretinho terminou o primeiro turno em quarto lugar, com 10,11% dos votos (20.524). Foi a primeira vez em 20 anos que um candidato que representa o Parque do Paço nas urnas nem sequer foi ao segundo turno. Os demais prefeituráveis, que se apresentavam como oposicionistas, mas que fizeram carreira política durante os oito anos de governo Lauro, ficaram longe do topo. No segundo turno, parte desse grupo embarcou na campanha de Taka, inclusive secretários do governo Lauro.

O prefeito até que tentou consenso do grupo governista em torno da candidatura de Pretinho. O plano A de Lauro era lançar o hoje deputado estadual Márcio da Farmácia (Podemos), seu ex-vice, mas o parlamentar rejeitou o convite por problemas de saúde. Márcio, então, entrou pessoalmente na campanha do democrata no primeiro turno e, no segundo, na de Taka. Primo de Lauro e secretário nas gestões do verde, Marcos bancou candidatura própria à revelia. O socialista não engoliu o fato de Lauro ter deixado de lado acordo fechado ainda no pleito de 2018, quando abriu mão de ser candidato a deputado em benefício de Márcio e, em troca, teria recebido garantia de que seria o prefeiturável do governo.

No confronto final, além de não ter representante próprio na disputa, o governo Lauro viu Taka rejeitar publicamente apoio dos governistas, a despeito de o pessedista dividir palanque com alguns deles. A estratégia de evitar que a alta rejeição da atual gestão respingasse na campanha funcionou. O resultado final deu vitória ao PT, mas os votos de Taka cresceram 223,41% no segundo turno.




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