Política Titulo Diadema
PSB bate cabeça entre Marcos e flerte com PT

Às vésperas das convenções, sigla segue esperando por aval da estadual sobre rumo no pleito

Por Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
27/08/2020 | 00:01
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Às vésperas de o calendário eleitoral se afunilar, o PSB de Diadema ainda bate cabeça sobre o rumo do partido nas eleições de novembro. A sigla tem seu presidente municipal, o vereador Marcos Michels, como pré-candidato a prefeito, mas assiste a flerte de lideranças do partido com o PT e à possibilidade de aliança com o ex-prefeito José de Filippi Júnior ser amarrada de cima para baixo.

Ontem, na tentativa de minar o movimento pela indicação da vice de Filippi, Marcos se reuniu com o deputado estadual Caio França (PSB), filho do ex-governador Márcio França, presidente estadual do PSB. No encontro, o parlamentar teria defendido o nome de Marcos na corrida pela sucessão do prefeito Lauro Michels (PV). O Diário apurou, no entanto, que a ausência de Márcio França no encontro foi sentida e colocou um ponto de interrogação nos socialistas sobre a viabilidade de candidatura própria. Também assistiram às conversas os outros quatro vereadores do PSB diademense: Cicinho, Sérgio Mano, Paulo Bezerra e Célio Boi.

Pelo menos parte dos socialistas deixou o encontro certa de que Marcos conseguirá ser candidato, mas que o jogo pode mudar nas próximas semanas – ponto de partida no pleito, as convenções iniciam na segunda. “Não tem aliança com o PT. Se depender de mim, o PSB não vai estar com o partido (no primeiro turno)”, cravou Marcos, ao emendar que ainda haverá encontro com o ex-governador. A insistência do parlamentar em levar a candidatura ao Parque do Paço adiante causou racha no governo do primo, o prefeito Lauro Michels (PV), que indicou outra pessoa como prefeiturável governista, o presidente da Câmara, Pretinho do Água Santa (DEM).

No petismo, a composição de chapa com o PSB é vista como estratégica. Internamente, o partido já praticamente superou a possibilidade de entregar a vice de Filippi para o ex-prefeiturável Vaguinho do Conselho (SD), que ainda busca reverter inelegibilidade e com o processo parado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Outro nome que corre por fora é o de Vera Lúcia Rocha (Avante), ex-presidente da ACE (Associação Comercial e Empresarial) de Diadema.

O PSB não possui candidato próprio a prefeito desde a eleição de 2000, quando o então prefeito Gilson Menezes (que morreu em fevereiro) perdeu a reeleição. Desde então, o partido vem oscilando politicamente. Em 2004 e 2008 esteve com o PSDB; em 2012, com o PT e, há quatro anos, deu respaldo à reeleição de Lauro.  




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