"Estes grupos estao violando todas as convençoes humanitárias internacionais e transformando a populaçao civil em bucha de canhao deste conflito", disse La Calle em Puerto Asis, cidade do departamento de Putumayo.

Putumayo, na fronteira com Equador e Peru, concentra mais de 50% das plantaçoes de coca do país e será o primeiro alvo do Plano Colômbia de combate ao narcotráfico, financiado parcialmente pelos Estados Unidos.

Com uma populaçao estimada em 300 mil habitantes, Putumayo está sem alimentos, medicamentos e combustíveis após um mês de combates entre os paramilitares e a guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC). O governo afirma ter enviado a Putumayo mais de 160 toneladas de alimentos nas últimas semanas. Na província de Sucumbíos, no Equador, o fluxo de refugiados colombianos e a crescente demanda de Putumayo está provocando uma grave falta de combustíveis.

Mais de 100 militares, policiais, paramilitares e rebeldes das FARC morreram nos últimos dias nos combates travados no noroeste da Colômbia, onde o governo colombiano ordenou uma ampla operaçao militar.