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Cotado a vice de Donisete, Betão sugere apoio a impeachment

Vereador de Mauá foi indicado pelo
prefeito para ocupar chapa do PT em outubro

Por Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
01/05/2016 | 07:00
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André Henriques 17/9/14


Cotado para ocupar a vaga de vice na chapa petista do prefeito de Mauá, Donisete Braga, o vereador Alberto Betão Pereira Justino (PTB) sugeriu apoio ao impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), já admitido pela Câmara dos Deputados e em julgamento no Senado. O parlamentar é rival histórico do PT na cidade, mas nem o aval que o petismo mauaense deu para que ele fosse escolhido como candidato a vice-prefeito foi suficiente para que o parlamentar se posicionasse contrário à saída do partido do poder.

Ao Diário, Betão evitou cravar posição clara sobre a possível queda de Dilma. Seu partido, porém, votou majoritariamente favorável ao impedimento na Câmara – 70% da bancada petebista votou ‘sim’. “Sou favorável de que se cumpra a lei. Se ela (Dilma) cometeu crime (de responsabilidade), não tem para onde correr”, declarou, ao emendar que “o cenário nacional se diferencia do municipal” e que vê um “PT de Mauá atuante.”

Hoje, após receber as bênçãos da militância petista para integrar a chapa com Donisete, Betão adota cautela ao falar sobre impeachment do PT. Em março de 2015, porém, logo após a primeira grande manifestação a favor da saída de Dilma, na Avenida Paulista, na Capital, o parlamentar rasgou elogios ao protesto e disse que o público foi às ruas porque está “indignado” com um “País desgovernado”. “O pai, a mãe e os filhos que foram à manifestação não foram lá para comer bolo, bater (palmas de) parabéns e nem para baixar a caneca ou tirar o chapéu para ninguém, não! Dizer que está bom... Não está. o povo queria estar em casa, mas o povo não tem nem a casa. O povo queria é estar comendo na mesa, não tem nem o que comer. Cansaram de fazer a política da miséria e estão massacrando o povo.”, discursou Betão à época.

Fiador do nome do petebista como número dois na chapa do PT mauaense, o vereador Chiquinho do Zaíra (PTdoB) também evitou defender a permanência de Dilma no cargo. “Prefiro não me manifestar”, titubeou Chiquinho.

Com histórico de divergências internas, o PT de Mauá demorou a digerir a discussão em torno da escolha do candidato a vice-prefeito na chapa a ser encabeçada por Donisete. Alas internas da sigla não abriam mão de que o partido lançasse dois petistas à disputa, mas recentemente cederam à vontade da cúpula do governo e liberaram Donisete para asfaltar chapa mista com os partidos aliados.

Em março, Donisete apresentou o nome de Betão internamente para lideranças do PT e para legendas da base como preferido para o cargo. Figuras históricas do petismo, porém, se opuseram, argumentando justamente a postura antiPT de Betão e o fracasso da escolha de Chiquinho do Zaíra, apoiador do nome do parlamentar, como sucessor do ex-prefeito Leonel Damo (PMDB), em 2008. 




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