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Ferrari busca o fim do jejum
Flavio Gomes
De Suzuka para o Diário
07/10/2000 | 01:04
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A Ferrari tenta, na madrugada deste domingo, coroar o melhor ano de sua história e acabar com o mais longo jejum da vida do time. Desde o distante dia 9 de setembro de 1979, quando Jody Scheckter venceu o GP da Itália, em Monza, o time de Maranello amarga derrotas seguidas para suas rivais da Inglaterra. O sul-africano foi o último ferrarista a levantar uma taça de campeao.

Está nas maos e, principalmente, nos pés de Michael Schumacher, 31 anos, a responsabilidade de acabar com a agonia da torcida italiana. Quando as cinco luzes vermelhas se apagarem, às 3h30 da madrugada de amanha, dando a largada para o GP do Japao, o enorme contingente de fas do time italiano em todo o planeta começa a contagem regressiva de 53 voltas até o título.

Michael sai de Suzuka com o campeonato debaixo do braço se vencer a corrida. Se Schumacher nao ganhar o título em Suzuka, terá nova chance daqui a 15 dias na Malásia. Mas ele nao quer deixar para decidir na última prova do ano. Já perdeu títulos assim, em 1997 e 1998, e só ganhou em 1994 porque jogou seu carro descaradamente sobre o de Damon Hill na Austrália, colando na testa o rótulo de vigarista, que perdura até hoje.

Ganhando o campeonato, a Ferrari fecha o século com marcas nunca antes alcançadas em cinco décadas de F-1. Com oito vitórias (sete de Schumacher e uma de Rubens Barrichello) e 143 pontos, o time já superou seus recordes anteriores, de sete vitórias em 1952 e 1953, e os 133 pontos de 1998. O alemao, que já é o maior vencedor da Ferrari, com 23 triunfos passaria para a história do time.

Terremoto - Eram 13h30 da sexta-feira em Suzuka e a segunda sessao de treinos livres para o GP do Japao estava exatamente na metade, com vários pilotos na pista. Nas arquibancadas, 52 mil pessoas acompanhavam o primeiro duelo entre Schumacher e Hakkinen, quando a terra começou a tremer.

A 400 km de Suzuka, no Mar do Japao, um terremoto deixou em estado de alerta a populaçao de Tottori, uma província no litoral Oeste do país. No epicentro do sismo, a intensidade medida pelos especialistas chegou a 7.1 pontos na escala Richter, que vai de 0 a 8.

Em Suzuka, foi registrado com 3.9 pontos durante cerca de dez segundos. No autódromo, os edifícios da sala de imprensa, da torre de controle e das cabines de rádio e TV tremeram três vezes. Nao houve pânico, mas assustou.




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