Economia Titulo Emprego
Lupi: outubro deve ter recorde de vagas
Por Michele Loureiro
Do Diário do Grande ABC
30/10/2009 | 07:00
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O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, afirmou, em evento do Ciee (Centro de Integração Empresa-Escola) realizado ontem, que o mês de outubro deve apresentar geração de vagas formais superior a setembro - mês com número recorde de postos, 252 mil novas oportunidades. "Dizem que eu sou otimista, mas vindo de onde eu vim e chegando a ser ministro, tudo é possível", ressaltou Lupi.

O ministro não soube precisar os números, mas garantiu que o País terá bom motivo para comemorar. "As análises oficiais começam somente na próxima semana e levam cerca de dez dias para serem concluídas, uma vez que coletamos dados de 7,2 milhões de empresas no País", explicou.

Lupi afirmou que a previsão de geração de empregos em 2009 é bastante positiva. "Eu havia dito algo em torno de 1 milhão de postos, mas tenho certeza de que o número será maior e vai ficar perto do 1,1 milhão", contabilizou o ministro.

O otimismo de Lupi foi justificado com as vagas abertas no varejo. "O fim do ano sempre abre oportunidades para profissionais em shoppings e comércio, afinal as equipes precisam ser reforçadas para o Natal. Outro setor que anima bastante é o de construção civil. Agora que o projeto Minha Casa, Minha Vida engrenou de vez houve reaquecimento e muitas contratações", detalhou.

O único segmento que não deve gerar vagas, segundo o ministro, é o agrícola. "Sazonalmente o fim do ano registra corte de postos no setor, pois a época não é de colheita e não demanda mão de obra."

No evento que reuniu representantes do Ciee para tratar da Lei de estágio que completou um ano no último mês, Lupi disse ainda que a geração de vagas no País está intrigando o cenário internacional. "Esta semana participei da reunião da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) com ministtros do mundo todo e eles estavam abismados em saber como o Brasil superou a crise", lembrou o ministro. "Nunca esperei que a ministra doTrabalho e Emprego dos Estados Unidos viesse me pedir conselho de como gerar postos. Disse a ela que o Brasil não deixou se afundar na crise e trabalhou muito para sair dela", completou Lupi.

Químicos protestam em véspera de negociação

Ontem a categoria química da região realizou mais manifestações em virtude da campanha salarial deste ano em frente à Portaria da Quattor Participações (ex-Unipar), em Santo André, e também na Akzo Nobel (Ex-Coral), em Mauá. O ato marca reunião entre sindicalistas e a base patronal, que será realizada hoje, às 10h, na Capital, para debater as reivindicações econômicas.

Com data-base em 1º de novembro, desde setembro a categoria realiza atos, assembleias e até paralisações em empresas do setor - como a dos trabalhadores do Polo Petroquímico de Capuava, no dia 20 - marcando o início das negociações com representantes patronais Ceag-10 (Comissão de Estudos e Assessoria do Grupo 10 da Fiesp).

Neste ano a categoria reivindica reajuste de 10% (reposição da inflação mais aumento real de 5,94%); salário-base de R$ 900; PLR (Participação nos Lucros e Resultados) no valor de dois salários-base; redução da jornada para 40 horas semanais sem queda de salário e processo de qualificação profissional para pessoas com deficiência.

Segundo Geraldo Melhorine, diretor do sindicato na região e coordenador da Fetquim (Federação dos Trabalhadores do Ramo Químico no Estado de São Paulo) - que reúne os sindicatos Químicos do Grande ABC; Químicos e Plásticos de São Paulo; e Químicos Unificados (Osasco, Campinas e Vinhedo) -, os trabalhadores não abrirão mão do reajuste real do salário, valorização da PLR e do salário-base. "Caso esses três itens não sejam avaliados e melhorados, a partir de hoje não descartamos greve."

No dia 6 de novembro os dirigentes sindicais levarão aos trabalhadores a contraproposta feita pelas empresas, onde decidirão, em assembleia, o rumo da categoria. "Apesar disso, estamos otimistas para as negociações de amanhã (hoje), já que os empresários sentiram ao longo desses dias a força da categoria nas manifestações", disse Melhorine. (Por Tauana Marin)




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