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São Bernardo investe em descontaminação
Maíra Sanches
Do Diário do Grande ABC
17/11/2011 | 07:00
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Tiago Silva/DGABC


Em reunião com cerca de 300 moradores do Jardim das Oliveiras, ontem à noite, na Escola Municipal de Educação Básica Carolina Zofia Levandovisk, o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), anunciou investimento de R$ 2,5 milhões para descontaminação do solo do Jardim das Oliveiras, bairro que foi erguido em cima de antigo lixão.

O problema envolve área onde residem cerca de 800 famílias. A Prefeitura garantiu que o trabalho poderá ser realizado sem que haja remoção dos moradores. Segundo geólogo da empresa contratada, Fernando Fernandes, a extração completa do gás do solo contaminado levará, no mínimo, cinco anos.

Para que possa ser iniciado em 2012, o projeto precisa da chancela da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo e aprovação da Justiça, o que deve ser decidido em audiência marcada para janeiro. O estudo que constatou o alto nível do gás metano, oriundo do lixo, foi feito por empresa contratada pela Prefeitura. A contaminação foi detectada quatro metros abaixo do solo.

Em contrapartida, o levantamento da Prefeitura não apontou presença da substância cancerígina benzeno, diferentemente do que foi relatado em 2008 em laudo da Cetesb. Na época, o documento indicou a presença 195 vezes além da quantidade considerada segura do produto.

A Cetesb tem prazo de 30 dias para se manifestar sobre o estudo contratado pela Prefeitura. Para tirar a prova, a administração aguarda posicionamento da companhia para a realização de estudo consensual, que deve ser apresentado à Justiça.

A coleta também será feita dentro das casas, com prévia autorização dos moradores. "Estamos empenhados em trabalhar junto com a Cetesb, que também tem responsabilidade no processo", disse o prefeito. Sobre o antigo laudo apresentado pela Cetesb, Marinho o classificou como "inconclusivo" e "superficial."

A presidente do Conselho Comunitário do Jardim das Oliveiras, Rubia Nunes, afirmou que a notícia da não desapropriação tranquilizou a população, mas todos esperam que as medidas sejam cumpridas em prazo viável. "São 20 anos com o mesmo problema. Estamos otimistas para que as consequências desse projeto não sejam traumáticas para os moradores."




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