Economia Titulo
Mercado avalia cenário com Geraldo Alckmin presidente
Fernando Bortolin
Do Diário do Grande ABC
04/10/2006 | 00:26
Compartilhar notícia


Dois fatores estão levando os analistas de mercado a mostrar otimismo com a evolução do candidato tucano à presidência da República, Geraldo Alckmin, comparativamente ao presidente e candidato à reeleição, Luiz Inácio Lula da Silva.

São eles: 1) Alckmin renovaria as esperanças de acelerar as reformas (sindical, trabalhista e previdenciária), e 2) o tucano tem boa reputação quanto a austeridade fiscal e capacidade para incentivar o ambiente de investimentos em infra-estrutura.

A avaliação, por exemplo, consta do cenário montado pelo departamento de análise de investimentos da SLW Corretora de Valores para outubro, período em que os analistas acreditam num quadro de valorização das ações negociadas em Bolsa de Valores, fato irremediavelmente diferente quando Lula estava na liderança da corrida presidencial nos anos de 2001 e 2002.

Setembro – Da carteira recomendada aos investidores em setembro, composta por 12 ações, a SLW destaca que houve perda de 1,27% para uma valorização de 0,6% do Ibovespa. Explica esse revés o desempenho ruim das ações da Petrobras, que caíram 5,6% e tinham peso de 10% no portfólio do mês passado.

No ano, os investidores que se pautaram pelas recomendações da SLW tiveram retorno de 24,9% ante uma valorização de 8,9% do Ibovespa.

Outubro – Para este mês, o departamento de Análise de Investimentos da SLW retira a recomendação de aplicações em papéis de empresas do setor siderúrgico – por considerar que as atuais condições de elevação de estoques de aço e pressão de baixa nos preços internacionais devem fazer com que as ações tenham fraca performance.

As apostas recaem sobre ações de empresas ligadas aos setores de alimentos (principalmente exportadoras de carnes bovina, suína e de frango); construtoras (diante do boom esperado para o setor ante o pacote habitacional lançado pelo governo); empresas de energia elétrica (que estão obtendo empréstimos a taxas favorecidas pelo BNDES e terão de investir pesado para reverter a síndrome de um novo Apagão), e empresas ligadas aos segmentos de açúcar e álcool (seja pela perspectiva de aumento das exportações, seja porque a partir de 1º de novembro a mistura com a gasolina pode ser elevada de 20% para 25%).

Outros dois setores também são alvo da SLW. O de petróleo, cujo ambiente de possível aumento de preços favorece o caixa da Petrobras e telecomunicações, em função da movimentação das empresas e troca de market share.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;