Os trabalhadores da General Motors de São Caetano rejeitaram na manhã de ontem a proposta de aumento salarial de 8%, mais abono no valor de R$ 1.500.

A rejeição não impede que o sindicato continue a negociação. Está marcado para segunda-feira novo encontro entre a direção do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano e a montadora. A entidade sindical espera que seja oferecida proposta melhor para os cerca de 12,2 mil funcionários dessa fábrica. Contatada pela equipe do Diário, a GM informou que não se manifesta sobre o andamento de negociações salariais.

De acordo com o presidente do sindicato, Aparecido Inácio da Silva, o Cidão, dificilmente o índice oferecido seria aprovado e o sindicato advertiu a fabricante de que o percentual de 8% não é condizente com o que se está reivindicando. "Sabemos que a produção está em alta, o ritmo de trabalho é intenso e não há razão para uma proposta que não prevê ganho real de salário. O que a empresa apresentou apenas repõe a inflação dos últimos 12 meses que já ultrapassa os 7%. Queremos algo mais como forma de recuperar o poder de compra dos salários, que é ainda baixo", afirmou.

Além da inflação integral, com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor, mais aumento real, os trabalhadores metalúrgicos reivindicam aumento diferenciado para o piso salarial, como forma de elevar o seu valor.

SOCIAIS - Apesar de ainda não ter havido avanço nas questões econômicas, Cidão disse que já houve entendimento em relação a melhorias de cláusulas sociais. A empresa concordou, segundo o sindicalista, em estender o prazo de 180 dias da licença-maternidadade também para a mãe adotante, e de dar três dias úteis ou cinco dias consecutivos de licença no caso da formalização de união estável por escritura pública.