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Farc não recrutam índios no Brasil, diz delegado da PF
Do Diário OnLine
09/10/2003 | 15:28
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O Coordenador de Operações Especiais de Fronteiras da Polícia Federal, delegado Mauro Spósito, rebateu nesta quinta-feira, em entrevista à Rádio CBN, as informações de que as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) estejam recrutando índios na região da fronteira.

Segundo ele, a realidade é que alguns indígenas que vivem na região fronteiriça entre Brasil e Colômbia têm familiares no país vizinho e que, muitas vezes, são “seduzidos” com promessas para ir trabalhar “por lá”.

Spósito disse, porém, que pelo fato dos índios serem os maiores conhecedores da região são sim alvos de traficantes e guerrilheiros das Farc. “Mas nós temos projetos voltados pra essa comunidade ribeirinha. Fazemos visitas constantes e censos pelo menos de dois em dois meses. Vamos os problemas que eles têm. Eles precisam saber que podem contar com a gente para não serem seduzidos”, relatou o delegado.

Com essa relação, os índios acabam colaborando muito com a polícia. “Eles são os nossos verdadeiros guardiões de fronteiras”, classificou Spósito, admitindo que não é impossível que alguns possam ter sido cooptados por guerrilheiros.

Sobre os trabalhos de combates às Farc, Spósito explicou que não existem confrontos diretos. “O objetivo deles (os guerrilheiros) é no território colombiano, não no Brasil. Então não há combates. Nossa preocupação é a proteção que eles são a alguns narcotraficantes. Esses sim podem transbordar para cá”, afirmou.

Pobreza - Mauro Spósito também falou sobre o defasado quadro de funcionários da Polícia Federal. “Temos limitações. Com o que se tem se faz bem, mas poderíamos fazer muito mais com um efetivo maior”, lamentou.

Segundo o delegado, o aumento do efetivo também implica no incremento logístico, com aquisição de botes, helicópteros, armas. “Cobra que não anda não come sapo”, comparou. Spósito também destacou o apoio que a PF recebe do Exército, que cede alojamentos e faz a segurança de muitos policiais.




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