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Reforma do calçadão de Mauá fica na promessa

Abandonada desde o ano passado, obra tem ocasionado prejuízo a comerciantes na região

Por Daniel Macario
Do Diário do Grande ABC
17/03/2017 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


Prevista para ser concluída em maio do ano passado, a reforma do calçadão de Mauá segue na promessa. Com trabalhos interrompidos desde o segundo semestre do ano passado, a área central do município tem apresentado série de problemas estruturais, incluindo buracos, desnível de piso e constantes enchentes. Sem previsão para a retomada dos serviços, comerciantes relatam prejuízos com o abandono da revitalização do espaço.

Orçada em R$ 1,072 milhão, a obra já consumiu cerca de R$ 45 mil dos cofres públicos, liquidados em janeiro do ano passado, pelo ex-prefeito Donisete Braga (PT). No entanto, na prática, somente trecho inferior a 250 metros foi de fato revitalizado na gestão passada.

Pedestres que hoje passam pelo calcadão de Mauá, em área que compreende a Praça 22 de Novembro, Praça do Relógio (marco zero da cidade), Avenida Barão de Mauá e Rua Rio Branco, são obrigados a desviar dos problemas estruturais que o trecho apresenta.

“Dias atrás estava andando e quase torci o pé nesses paralelepípedos que estão soltos. Fico imaginando se fosse uma pessoa com deficiência. O acidente poderia ter sido ainda pior”, relata o estudante Marcos Bittencourt, 23 anos.

A situação é ainda mais preocupante para comerciantes que atuam na área do calcadão. “No ano passado, as obras já davam dor de cabeça, pois estavam em um ritmo muito lento. Agora, com ela parada, é a mesma coisa que não ter feito nada”, desabafa o vendedor Roberval Lira Menezes, 37.

Antiga reivindicação dos comerciantes, a reforma do calcadão seria a primeira intervenção de grande porte realizada pela Prefeitura desde que o espaço foi inaugurado, em abril de 1998. As obras iriam abranger o nivelamento de sono em alguns trechos, e modernização da drenagem, dos sistemas hidráulicos e elétricos, além de recuperação paisagística.

“Se você anda pelos calçadões de Santo André e de São Caetano não vê essa situação de abandono. Lá é tudo cuidado, da maneira que um centro comercial precisa ser. Agora, aqui, só por Deus. Em dia de chuva você desce do trem e já entra no caos do calçadão”, relata a auxiliar de finanças Nathalia Bortoletto, 32.

Segundo comerciantes, com a chuva das últimas semanas os transtornos na área se agravaram. “Isso daqui encheu tudo. Parece que a situação somente piora”, relata a vendedora Emanuela Cordeiro, 21.

Para a também vendedora Juliana Martins, 18, a esperança de ter o calçadão reformado tem apenas diminuído. “A gente nem espera mais nada”, desabafa.

Segundo a Prefeitura, o secretário interino de Obras do município, Gilberto João de Oliveira, esteve reunido ontem com representantes da Cerqueira Torres Construções Terraplanagem e Pavimentação Ltda, empresa responsável pela obra, para discutir a retomada das intervenções. No entanto, até o fechamento desta edição o Diário não obteve retorno dos desdobramentos do encontro. 




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