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Recesso: Diadema saiu na frente
Miriam Gimenez
Do Diário do Grande ABC
19/03/2006 | 08:38
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O único projeto relevante votado neste ano do Grande ABC foi o da redução do recesso parlamentar, aprovado pioneiramente por Diadema. Lá, ao invés de 75 dias de férias, os vereadores terão agora 55 dias. Em seguida, vem Santo André e São Bernardo. Na primeira, os vereadores começaram a discutir na última semana a mesma proposta e na segunda houve também um projeto protocolado.

Mesmo o tema sendo importante, o vereador de Diadema Manoel Eduardo Marinho, o Maninho (PT) esperou mais de oito anos para sua proposta ser aprovada. A matéria foi à votação em setembro do ano passado, quando foi rejeitada por nove votos a seis, com uma ausência.

Maninho decidiu então coletar 13,5 mil assinaturas (5% do eleitorado da cidade) para apresentar uma emenda popular. Conseguiu pouco mais de 10 mil, mas, com ajuda da pressão popular sobre a Câmara Federal, que levou à redução das férias dos parlamentares de Brasília de 90 para 55 dias, não precisou da emenda popular e viu os colegas mudar de posição rapidamente.

Em Santo André, a proposta foi apresentada simultaneamente por dois adversários políticos: Cláudio Malatesta, presidente do PT na cidade e uma das lideranças do bloco de sustentação na Câmara, e Paulinho Serra (PSDB), na oposição. Porém, o projeto que poderia ser aprovado sem problemas, já que tem o apoio dos dois lados na Câmara, promete fazer barulho. Isso porque a maioria dos vereadores ouvidos pelo Diário, embora afirmem ser favoráveis à alteração - de 87 para 55 dias de recesso -, acreditam que será preciso haver mais discussão na Casa.

Eles alegam que a rotina é diferenciada em Santo André, por não receberem pelas sessões extraordinárias e por haver duas sessões durante a semana, além de trabalharem no gabinete durante o recesso.

Na Câmara de São Bernardo, o vereador Tião Mateus (PT) propôs a redução de 75 para 45 dias. Segundo ele, já que foi aprovado em Diadema não tem porque não ser aprovado em São Bernardo. O líder de governo Alex Manente (PPS) afirmou que existem projetos da mesma natureza da sustentação tramitando na Casa, porém concorda com o opositor. "Independente do pai da criança é uma vontade de todos os vereadores desenvolver esse trabalho", finalizou.



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