Política Titulo Pré-candidatos
Tarcisio Secoli irrita vereadores do PT na busca por apoiadores

Parlamentares estão descontentes com possível perda de correligionários

Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
23/06/2015 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


Possível prefeiturável do PT na eleição de 2016, o secretário de Serviços Urbanos de São Bernardo, Tarcisio Secoli (PT), vem irritando os vereadores petistas com o plano de formar chapa de pré-candidatos a vereador para o pleito municipal.

A reclamação dos parlamentares é discutida nos bastidores, de maneira ríspida, baseada no fato de que o secretário estaria seduzindo alguns de seus apoiadores para espalhá-los a outros partidos da atual base de sustentação, a fim de aglutinar grande apoio entre partidos aliados sem precisar do crivo oficial da atual bancada na Câmara.

Dos atuais oito vereadores da legenda hoje no Legislativo, apenas Paulo Dias (PT), que assumirá a Secretaria de Educação em breve, não concorrerá à reeleição.

Os demais demonstraram descontentamento com o plano de Tarcisio. Entre os mais exaltados está o presidente da Câmara, José Luís Ferrarezi (PT), que apoia escancaradamente o deputado estadual Luiz Fernando Teixeira (PT) na disputa interna pelo posto de prefeiturável.<EM>

Preferido do prefeito Luiz Marinho (PT) para ser o representante do petismo, Tarcisio nunca teve a preferência entre os vereadores, além de também não desfrutar prestígio entre aliados, que defendem nomeação de Luiz Fernando.

Considerado braço-direito de Marinho no núcleo duro da administração, Tarcisio é visto pela atual base como pouco conciliador para a formação de grupo que tentará permanência no comando do Paço são-bernandense.

Uma das tentativa do chefe do chefe do Executivo em mudar esse rótulo foi alçar o secretário ao máximo possível de agendas oficiais pela cidade. Além de colocá-lo como seu substituto em muitos compromissos em que não pode ir, em função que deveria ser executada pelo vice-prefeito Frank Aguiar (PMDB).


SUCESSÃO
No começo do ano, Marinho detalhou que o plano para escolha de candidato a prefeito seria feita exclusivamente por ele, partindo de pesquisa qualitativa ocorrida na cidade, onde a definição ocorreria após o feriado de Carnaval.

No entanto, o chefe do Executivo adiou definição para março e, depois, postergou para julho. A decisão foi pautada pelo momento de impopularidade do governo diante da sociedade, que, neste período, viu rejeição aumentar após polêmico plano de redução na distribuição de merendas pelas escolas da rede, além de registrar maior greve do funcionalismo público, com 22 dias de braços cruzados.

Procurado, Tarcisio Secoli afirmou que não fala com o Diário. 




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