Economia Titulo Automóveis
Anfavea procura governo para evitar retaliação
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20/02/2010 | 07:00
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Representantes da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) e de montadoras estiveram ontem com o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, para solicitar que autopeças usadas pelas empresas automotivas brasileiras e a importação de veículos - basicamente de luxo - não entrassem na lista de retaliação que o governo brasileiro deve apresentar até o dia 1º para os produtos dos Estados Unidos.

O embate entre os dois países se dá por conta de subsídios concedidos ao agricultor de algodão norte-americano e que foram considerados abusivos pela OMC (Organização Mundial de Comércio). Além de Stephanes, os executivos entraram em contato com os demais seis ministérios que compõem a Camex (Câmara de Comércio Exterior).

Além da possibilidade de encarecer os produtos brasileiros, a maior preocupação dos representantes das montadoras é a de que a retaliação do Brasil aos Estados Unidos neste momento poderá prejudicar as exportações futuras para aquele país. O raciocínio é o de que os norte-americanos passem a adquirir carros mais compactos do que os fabricados lá por conta dos desdobramentos da crise financeira, e o país com maior potencial de venda desses automóveis de menor porte é o Brasil.

Segundo Stephanes, o valor dos produtos importados pelo Brasil pela área automotiva é insignificante, apesar de ele não saber exatamente a quantia. "Acho legítima a colocação", comentou o ministro. Na segunda-feira, os técnicos dos ministérios que compõem a Camex estarão reunidos para terminar de fechar a lista.

O ministro da Agricultura ressaltou "ser óbvio" o desejo da pasta de ter os produtos agrícolas contemplados nessa lista de retaliação da Camex. "Gostaríamos que os produtos agrícolas fossem contemplados direta ou indiretamente. É evidente que o Ministério tem interesse", disse.




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