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Metalúrgicos adiam assembleia
Por Soraia Abreu Pedrozo
Tauana Marin
22/10/2009 | 07:00
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A assembleia dos metalúrgicos de Santo André e Mauá marcada para hoje foi adiada para amanhã. Sem proposta patronal sobre o reajuste salarial, os trabalhadores do setor vão votar se iniciam ou não a greve.

Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá, Cícero Firmino da Silva, o Martinha, até o momento as empresas não propuseram nada que fosse de encontro com as reivindicações da categoria.

Os trabalhadores pedem 10% de reajuste salarial - composto pela reposição da inflação de 4,6 % mais 5,4% de reajuste real -; piso salarial único; jornada de 40 horas semanais; estabilidade para os acidentados no trabalho e portadores de doenças profissionais, entre outros.

O principal objetivo da campanha é, de acordo com Adonis Bernardes, secretário-geral do sindicato, recompor a perda de poder aquisitivo, assim como todos os anos é feito.

Hoje, cada setor econômico da categoria - autopeças, fundição e eletroeletrônicos e máquinas - possui piso que varia de R$ 720 a R$ 860. Caso o reajuste seja aprovado, os salários passam R$ 792 e R$ 946, respectivamente.

"Os pagamentos dependem também do porte da empresa. Aquelas com até 100 trabalhadores geralmente oferecem piso 10% menor", conta Adonis.

PRAZO - Desde o mês passado, os trabalhadores têm se reunido em assembleias para discutir a campanha deste ano, cujo a data-base é dia 1º de novembro. O limite para o sindicato decidir a situação é até a próxima quarta-feira.

Adonis revela que, por ora, 18 empresas já manifestaram interesse em negociar diretamente com o sindicato, entre elas: Eluma, Polimetri e Tupi. "Estamos fazendo acordo em empresa por empresa para fazer com que elas aceitem a proposta e ninguém tenha de entrar em greve", aponta.

A categoria possui 24 mil metalúrgicos que trabalham em cerca de 1.200 empresas em Santo André e Mauá.

Ferroviários aceitam proposta de reajuste da CPTM

A CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) não corre mais o risco de seus funcionários entrarem em greve. Ontem, o STEFSP (Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias de São Paulo) e o Seesp (Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo) assinaram acordo com a empresa aceitando os reajustes do dissídio coletivo oferecido pela empresa. As partes informaram ao TRT (Tribunal Regional do Trabalho) e a audiência de conciliação foi cancelada.

Na segunda-feira, as demais entidades que representam os 6.500 funcionários da CPTM, o STFEZS (Sindicato dos Trabalhadores das Empresas Ferroviárias da Zona Sorocabana) e STEFCB (Sindicato dos Trabalhadores das Empresas Ferroviárias da Central do Brasil) haviam aceitado a proposta da companhia.

Segundo o presidente do STEFSP, Eluiz Alves de Matos, "a decisão foi de acompanhar o que os demais sindicatos envolvidos".

Os reajustes aceitos são de 4,65% no salário, 4,22% no ticket-alimentação, 4,65% no auxílio-maternidade e o programa bônus que antecipará metade do salário base no dia 30 de outubro. (Por Pedro Souza)




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