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Grande ABC já usou 88% dos lotes de vacinas contra Covid-19

Região pode ficar sem estoque até novo lote; Butantan deve entregar 426 mil ao dia a partir de terça

Por Aline Melo
Do Diário do Grande ABC
20/02/2021 | 00:01
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Marcelo Camargo/Agência Brasil


As cidades do Grande ABC alcançaram ontem a marca de 141.428 doses de vacina contra a Covid-19 aplicadas, sendo 111.121 para a primeira dose e 30.307 para a segunda. Isso representa 87,6% do estoque recebido, somando a Coronavac e a vacina Astrazeneca/Oxford. Segundo previsão do Instituto Butantan, novas unidades do imunizante devem começar a ser enviadas para as cidades a partir de terça-feira, dia 23. A expectativa é a de que sejam incorporadas ao PNI (Plano Nacional de Imunização) 426 mil doses ao dia, mas com a continuidade da campanha de imunização no fim de semana em alguns municípios, o Grande ABC pode ficar sem doses antes que chegue a nova remessa.

A cidade com o estoque mais crítico é São Bernardo, onde 92,2% das doses já foram aplicadas. Diadema também já aplicou 91,9% do montante que tinha à disposição. São Caetano usou 90% de tudo que recebeu – a cidade planeja adquirir doses, assim que houver disponíveis no mercado, para imunizar toda a sua população com mais de 18 anos. Santo André e Ribeirão Pires já aplicaram 87% dos imunizantes; Rio Grande da Serra 74,9% e, em Mauá, onde a campanha tem andamento mais devagar, aplicou 71% de tudo que foi recebido (veja dados detalhados na tabela).

Para dar conta de entregar 426 mil doses ao dia, o Instituto Butantan anunciou na quinta-feira que foi criada uma força-tarefa para acelerar a entrega dos imunizantes. A fábrica de vacinas na Capital dobrou o total de funcionários do setor de envase de 150 para 300 profissionais. “A nossa orientação é agilizar todos os processos para permitir que as vacinas cheguem o mais rapidamente possível aos brasileiros”, afirmou o governador João Doria (PSDB). Após a fabricação e o controle de qualidade no Butantan, os imunizantes serão entregues ao Ministério da Saúde, que será responsável pela distribuição às secretarias estaduais de Saúde.

PRIMEIRA DOSE
O Ministério da Saúde anunciou ontem que o Brasil terá à disposição mais 4,7 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 entre o fim de fevereiro e o início de março. A informação foi dada em reunião virtual com a FNP (Frente Nacional dos Prefeitos). A remessa contará com 2,7 milhões de doses da vacina do Instituto Butantan, produzidas no Brasil, e 2 milhões da vacina da Astrazeneca/Oxford, importadas da Índia pela pasta. De acordo com o ministro, todas as vacinas dessa nova entrega serão destinadas apenas para a aplicação da primeira dose, para acelerar o processo de vacinação no Brasil.

“Neste novo momento da campanha, a vacina do Butantan será aplicada em dose única, com o objetivo de ampliar a vacinação e atender ainda mais brasileiros. Com isso, entramos em março com a expectativa de vacinar novos grupos. Serão disponibilizadas mais 4,7 milhões de doses para Estados e municípios”, afirmou o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.

A segunda dose do imunizante do Butantan deve ser aplicada com até 28 dias após a primeira, para garantir a eficácia da imunização, que chega a 78% para casos leves e moderados da Covid. A pasta receberá em março mais 21 milhões de vacinas do instituto paulista, que deve garantir a segunda rodada de imunização. Já o imunizante da Astrazeneca/Oxford possui um tempo maior de aplicação da segunda dose, com prazo de até três meses e garante 70% de eficácia após a primeira dose. O laboratório deve disponibilizar no próximo mês mais 18 milhões de doses produzidas na Fiocruz e importadas. 




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