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Câmara de Mauá pede explicações sobre novos ônibus da Suzantur

Cachorrão busca detalhes dos coletivos e quer saber quais linhas veículos atenderão

Por Daniel Tossato
Do dgabc.com.br
22/10/2019 | 07:00
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André Henriques/DGABC


Uma semana depois de o prefeito de Mauá, Atila Jacomussi (PSB), realizar solenidade de entrega de 53 ônibus para renovação da frota do transporte público da cidade, a Câmara aprovou requerimento buscando mais informações a respeito dos novos coletivos da empresa Suzantur.

Assinado pelo oposicionista Adelto Cachorrão (Avante), o documento busca avançar nas informações repassadas por cima pela administração no dia da apresentação dos veículos. Ficou obscura, por exemplo, a quantia paga pelos ônibus – a firma teria pago R$ 100 milhões por eles. Também ficou incerto se esses veículos iriam completar a frota mínima exigida no contrato – 248 –, já que a própria Suzantur admitiu operar com volume menor do que diz o acordo de 2014.

“O objetivo é saber quais são esses ônibus, se são novos, se estão realmente circulando pela cidade. Eu não tenho visto estes veículos andando pela cidade”, declarou Cachorrão.

O requerimento tenta saber em quais linhas os 53 ônibus novos serão distribuídos, a quantidade de coletivos da Suzantur em operação e relação documental de todos os veículos (com prefixos, placas e licenciamento).

Cachorrão revelou que visitou a garagem da Suzantur no Jardim Zaíra e percebeu que, dos 53 ônibus apresentados por Atila, 35 ficaram estacionados no local em horário de circulação. “Eu contei os ônibus lá na garagem. Quero saber por qual motivo eles não saíram da garagem.”

Durante a apresentação dos veículos, no dia 8, eles foram relatados como zero-quilômetro, mas a equipe do Diário flagrou que alguns eram 2017/2018 e rodados. Ao menos três carros, modelos Mercedes-Benz/Marcopolo Torino, de placas GIS-9048, GIF-7119 e GAC-8438, não são da linha 2019/2020. “Desde o dia em que esses ônibus novos foram apresentados, ouvi que a Suzantur está utilizando carros em Santo André (a empresa opera, a título precário, as linhas que alimentam o coletor da Vila Luzita). Gostaria muito de saber se isso é verdade. Se for, seria um grande problema”, declarou Cachorrão.

Segundo o vereador, um dos objetivos do requerimento é obter informações que possam ser usadas para a suspensão ou até o encerramento do contrato entre a Suzantur e a Prefeitura de Mauá, já que, na visão do parlamentar, o serviço oferecido pela empresa está muito abaixo do esperado. “Quero acabar com o contrato para que a administração contrate outra empresa. Mas eles são mais lisos que sabonete, são difíceis de pegar.”

O vereador foi autor, juntamente com Fernando Rubinelli (PDT), de pedido de CPI na Câmara para investigar a atuação da Suzantur na cidade, bem como a relação da empresa com o banco Caruana. A solicitação foi rejeitada no plenário, mas a dupla tenta, na Justiça, instaurar a comissão. 




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