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IPCA pode passar a quadrissemanal
Por Do Diário do Grande ABC
21/06/1999 | 12:32
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A chefe do Departamento de Indice de Preços do IBGE, Márcia Quinstlr, confirmou que existe a "possibilidade" de o Indice de Preços ao Consumidor Ampliado (IPCA) passar a ser quadrissemanal. "O fato de a gente nao divulgar o índice de quatro semanas está mais ligado à consideraçao de que o resultado mais relevante é do mês cheio", informou Márcia, observando que, por enquanto, ainda nao há nada de concreto sobre o assunto.

A economista informou apenas que a divulgaçao do índice deve ser realizada sempre entre os dias 8 e 12 do mês. A chefe do IBGE informou que, em agosto, novos produtos devem entrar no cálculo do IPCA, com base nos resultados da Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) de 1996, que registrou mudanças nos hábitos de consumo brasileiros. Márcia acrescentou que o planejamento da próxima POF, que já começou e deve ter seu trabalho de campo executado em 2000 ou 2001, já considera a possibilidade de verificar se novas regioes metropolitanas ou capitais poderao, no futuro, entrar no cálculo do índice.

Atualmente, o IPCA é calculado em nove regioes metropolitanas (Rio, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, Sao Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba), além de Brasília e Goiânia. O índice calcula a variaçao do custo de vida para famílias entre um e 40 salários mínimos. Esse grupo atinge, segundo Márcia, 40% da populaçao urbana brasileira, 30% da populaçao total do país, e "cerca de 98%" da populaçao das regioes pesquisadas. Na elaboraçao do IPCA, o peso de cada grupo de produtos pesquisado é o seguinte: alimentaçao, 24%, bebidas, 24%, habitaçao, 16,64%, artigos de residência, 6,31%, vestuário, 8,28%, transporte e comunicaçao, 19,78%, saúde e cuidados pessoais, 10,16%, e despesas pessoais, 14,56%. O peso das tarifas públicas que tiveram reajuste sao os seguintes: energia elétrica, 1,58%, gasolina, 3,6%, gás e combustíveis domésticos, 0,90%, e telefone residencial, 1,98%.




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