Esportes Titulo 5 a 0
Brasil massacra Bolívia com show de Neymar em Natal

Atacante toma conta do jogo, faz gol, dá
duas assistências e deixa Seleção como vice

Por Anderson Fattori
Do Diário do Grande ABC
07/10/2016 | 07:00
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Estadão Conteúdo


Pouco importa a fragilidade da Bolívia. Ontem, na Arena das Dunas, em Natal, o Brasil voltou a ser aquele time que amedronta os rivais, ainda mais os vizinhos da América do Sul. Precisão no passe e movimentação intensa, duas marcas da gestão Tite à frente da Seleção, desmontaram qualquer retranca que os bolivianos pudessem armar. A justa goleada por 5 a 0, terceira vitória consecutiva, manteve a equipe na vice-liderança das Eliminatórias, com 18 pontos, um a menos que o líder Uruguai.

Neymar fez o que quis. Tomou o jogo para si desde os primeiros minutos. Marcou, driblou, correu, armou e fez gol. Aliás, um tento histórico, pois foi o 300º na carreira do craque de apenas 24 anos. Só não foi uma noite perfeita porque outra vez não conseguiu controlar o nervosismo. Depois de tanto apanhar, também bateu, recebeu o amarelo e não enfrenta a Venezuela na terça-feira.

Fará falta, principalmente porque o jogador do Barcelona entendeu o tamanho da sua responsabilidade. Quando tinha dois ou três marcadores o cercando, distribuiu as jogadas e, assim, deu assistências para Filipe Luís e Gabriel Jesus balançarem a rede. Philippe Coutinho também já tinha marcado na goleada por 4 a 0 construída ainda no primeiro tempo.

Apesar da euforia do torcedor, que pagou caro no ingresso – R$ 150 o mais barato – e não parava de incentivar, o time naturalmente tirou o pé. Neymar tentava manter o ritmo forte e partia para cima dos marcadores, até receber cotovelada desleal no rosto e, por precaução, ser substituído. Tite poupou o jogador e já testou Willian na função.

Mesmo sem Neymar, o Brasil seguiu soberano, sem ser ameaçado e aproveitando os erros da defesa boliviana. Roberto Firmino, que substituiu Gabriel Jesus, deu números finais ao duelo ao cabecear na área.

Não deu para avaliar a evolução do Brasil no terceiro jogo nas mãos de Tite tamanha a fragilidade do adversário. O que deu para notar é um grupo unido e que aposta no futebol coletivo. O time nem sentiu as ausências de Marcelo, Casemiro e Paulinho. Valeu pela vitória, que devolveu o protagonismo para a Seleção nas Eliminatórias. 

Estrela alcança marca expressiva

Neymar chegou ao 300º gol na carreira, aos 24 anos. Comparado a Pelé, é pouco, já que o Rei do Futebol já tinha marcado 500 com 21. Mas confrontado com os dois principais nomes da sua geração, o craque do Barcelona destoa. O argentino Lionel Messi tinha balançado a rede 197 vezes com mesma idade e o português Cristiano Ronaldo, 132.
 

 Mais do que gols, Neymar tem colaborado e muito com a Seleção. Se movimenta e desmonta o sistema defensivo dos adversários com dribles curtos. Quando está inspirado é meio caminho para a vitória. 


No geral, os jogadores aprovaram a atuação e a manutenção de 100% de aproveitamento na era Tite. “Fico feliz de ter ajudado a Seleção, mas principalmente pela boa sequência de resultados e mais uma vez pelo bom futebol que a equipe apresentou”, comentou Philippe Coutinho. “Era um jogo difícil que conseguimos torná-lo fácil. Pessoal da frente jogou muito solto, com criatividade. Temos de continuar na mesma trajetória e vamos conseguir crescer junto com a competição”, acrescentou Filipe Luís. 



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