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EUA querem Constituição no Iraque em seis meses
Por Da AFP
26/09/2003 | 20:00
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O Governo americano quer dar aos iraquianos um prazo de seis meses para adotar uma nova Constituição, que levará à organização de eleições em 2004. A declaração foi feita pelo secretário de Estado Colin Powell em entrevista publicada na edição desta sexta-feira do jornal New York Times.

"Eles têm seis meses. Será um prazo difícil de cumprir, mas é necessário que nós os façamos avançar", justificou, ressaltando que os EUA não têm a intenção de transferir o poder no Iraque antes da implantação de novas instituições.

Powell revelou que as autoridades americanas pediram aos iraquianos uma estimativa do tempo necessário. "Se eles levarem uma eternidade para nos responder, então nós teremos um problema. Mas eu acredito que eles vão nos dar uma resposta bem rápido", afirmou.

Na entrevista, o secretário avaliou que avançam na ONU as discussões para obter um consenso dos 15 membros do Conselho de Segurança em relação a um projeto de resolução sobre a manutenção da paz no país árabe.

Vários países, como a França, exigiram no texto um calendário preciso e com a transferência, o mais rápido possível, do poder para os cidadãos.

O secretário dos EUA defendeu, por sua vez, que um texto aceitável para todos poderá fazer referência a uma seqüência de princípio: elaboração de uma Constituição, eleições e instalação de um novo poder iraquiano, mas sem datas precisas. Powell alegou que a passagem rápida de soberania a um poder iraquiano não-eleito e, logo, "ilegítimo", apenas prolongaria a situação de violência na qual o país se encontra.

Armas - Ainda na entrevista ao jornal nova-iorquino, Powel admitiu, em relação às armas de destruição em massa no Iraque, que "esperava-se que qualquer coisa fosse encontrada".

"Mas eu ainda não estou certo de que não encontraremos as provas que nós procuramos e que, de uma vez por todas, vão fazer com que toda essa polêmica acabe", insistiu.

"Eu acredito que a história julgará esta guerra e a considrará justificada, porque derrubamos um regime que possuía estas armas e nada fez nada para nos mostrar que as tinha destruído", sentenciou Powell.




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