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Fraga explica a Malan porque meta da inflação não foi cumprida
Do Diário OnLine
17/01/2002 | 11:06
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O presidente do Banco Central, Armínio Fraga, publicou nesta quinta-feira a carta enviada ao ministro da Fazenda, Pedro Malan, justificando o não cumprimento da meta de inflação de 2001. O IPCA fechou o ano em 7,61%, acima da meta prevista para o ano passado, de 6%.

A carta foi enviada em respeito às regras do sistema de metas inflacionárias. Como as metas dos anos de 1999 e 2000 haviam sido cumpridas, esta foi a primeira vez que o BC teve que atender às exigências de se justificar ao ministro da Fazenda.

No documento, Fraga afirma que os conhecidos fatos relevantes pressionaram os preços. Entre os acontecimentos citados estão a crise argentina e desaceleração econômica dos Estados Unidos, que levaram à alta do dólar. Além disso, ele cita o aumento dos preços administrados indexados ao câmbio e aos índices de inflação.

2002Fraga espera que a taxa de inflação neste ano feche o ano dentro da meta estabelecida de 3,5%, com variação de dois pontos percentuais para cima e para baixo. Fraga afirmou que não espera que se repitam os choques que atingiram a economia brasileira em 2001, que refletiram na alta da inflação em 7,61%, acima da meta estabelecida de 6%.

Para 2002, é esperada uma queda da inflação dos preços administrados. Além disso, Fraga previu uma trajetória da taxa de câmbio que reflita a redução do risco do país e menores taxas de juros internacionais.

Em 2001, a inflação dos preços administrados foi de 10,4%, puxada principalmente pelo aumento das tarifas de energia elétrica. A desvalorização do real respondeu por 2,9 pontos percentuais da inflação de 2001. Fraga projeta aumento de 5,2% nos preços administrados neste ano. Parte do aumento ainda será influenciado pelo reajuste médio de 19% da taxa de energia. No entanto, o BC prevê queda no preço dos derivados do petróleo, o que causa a redução da previsão dos preços.

Fraga reforçou em sua carta enviada ao ministro Malan que a projeção da inflação em 2002 é de 3,7% e de 2,5% para 2003. As projeções foram feitas supondo que os juros seriam mantidos em 19% ao ano e a taxa de câmbio estável em R$ 2,35/R$ 2,36 por dólar. A meta de inflação em 2002 é de 3,5% e em 2003 de 3,25%.




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