Cultura & Lazer Titulo
Clube da figurinha
Por Luís Felipe Soares
Especial para o Diário
29/03/2008 | 07:00
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Encontrar e fazer amigos, conversar, se divertir e trocar álbuns e figurinhas. É com esse propósito que colecionadores de álbuns de figurinhas se reúnem neste sábado, a partir das 13h, na Banca Adolfo Bastos (Rua Adolfo Bastos, 457, Jardim Bela Vista), em Santo André.

O encontro é organizado por Darciso Galuzio, dono do local. “A gente reúne um pessoal e fica a tarde inteira batendo papo e fazendo trocas”, diz o jornaleiro, que espera receber neste sábado cerca de 50 pessoas.

Os colecionadores sempre se encontraram em diversas bancas da cidade, mas sem um lugar fixo. A partir do lançamento do álbum da Copa do Mundo de 2006 é que as reuniões começaram a ser feitas com mais freqüência, na Banca Adolfo Bastos.

Eles se organizam através do clube trocafigurinhas (www.trocafigurinhas.com), no qual colocam datas em votação, e acabam determinando o dia do próximo evento. Além da internet, a informação é passada, principalmente, pelo velho boca a boca. Em Santo André, eles tentam se reunir a cada 40 dias. “Perto dos feriados vem pouca gente. A gente tenta contornar esse problema com as datas”, explica Darciso.

“Qualquer pessoa pode participar, é só querer colecionar. Podem ser senhores ou crianças de 4 anos de idade. Tem desde gente mais simples até um pessoal mais rico.” O público é formado por pessoas do Grande ABC, de São Paulo e até mesmo do Litoral.

Ponto de encontro - A reunião também funciona como um ponto de encontro entre amigos. “É uma delícia. Além das trocas, você faz amizade e se diverte muito”, afirma a funcionária pública Solange Martins.

O advogado Edson Bueno de Castro espera fazer bons negócios neste sábado à tarde. “É difícil trocar e completar um álbum de uma só vez, mas talvez no sábado eu consiga fechar algum.”

Para o aposentado Siegfried Kisser, é importante que a coleção seja apenas um hobby. “É muito gostoso. Mas quando vira fanatismo, perde o sentido de diversão”, alerta.

O mais velho a participar do encontro é José Vinícius Amaral, de 80 anos. Ele confessa que é uma verdadeira festa. “Cada um que vai leva um bolo, um refrigerante. Mas como todo mundo fica prestando atenção nos álbuns, a gente nem liga pra comida”, diz.

Todos eles se conheceram na banca de Darciso, que, aos 60 anos de idade, tem cerca de 50 álbuns dos mais variados tipos, e todos eles completos. Ele lembra a dificuldade que os álbuns de figurinhas trazem, pois há produtos que são lançados apenas em determinadas regiões, com temas específicos.

Dono da banca há dez anos, ele começou a colecionar álbuns na década de 1960 e também possui coleções de cédulas, moedas e brinquedos promocionais. (Supervisão de Gislaine Gutierre)




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