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Andreenses dão ouro ao Brasil no futsal dos Jogos da Juventude

Guilhermão e Matheus Moura, ambos de Santo André, foram fundamentais nos 4 a 1 diante da Rússia

Anderson Fattori
Do Diário do Grande ABC
19/10/2018 | 07:00
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Atualizada às 09h58

Dois andreenses foram fundamentais na conquista histórica do Brasil, ontem, no futsal. Pela primeira vez integrando o programa olímpico, a modalidade encerrou as disputas dos Jogos da Juventude, em Buenos Aires, e os brasileiros foram campeões. Guilhermão e Mateu contribuíram para que a Seleção construísse a tranquila vitória por 4 a 1 sobre a Rússia, na final da competição.

A campanha brasileira na Argentina foi praticamente perfeita. Antes da decisão de ontem, a equipe havia feito 6 a 1 na própria Rússia na primeira fase, além de 4 a 0 no Irã, 6 a 2 na Costa Rica e 9 a 1 nas Ilhas Salomão. Na semifinal, no jogo mais complicado, venceu a anfitriã Argentina, por 3 a 2.

Ontem, apesar de não ter balançado a rede, Guilhermão, que é jogador do Corinthians, foi o grande destaque. Ele protagonizou lance incrível ao dar caneta no adversário, mas finalizou por cima. O pivô ainda deu assistência para o gol de Breno, o segundo da Seleção Brasileira. Já Mateus, atleta do Palmeiras, é filho de Ivan Gomes, técnico do Santo André Futsal.

Pouco depois da partida, Guilhermão ainda parecia não acreditar na conquista. “Foi uma das melhores sensações da minha vida. É a primeira medalha de ouro que o Brasil conquista no futsal e isso é histórico”, comentou o jogador de 18 anos, que nasceu em Santo André e iniciou na modalidade na escolinha Bons de Bola, em São Paulo.

Apesar da festa ontem após a vitória sobre a Rússia, Guilhermão deixou claro que o momento mais marcante da campanha foi a semifinal contra a anfitriã Argentina. “Sem dúvida, a partida mais importante foi contra a Argentina. O ginásio estava completamente lotado, tinha quase 8.000 pessoas e foi uma adrenalina total. Ainda mais porque saímos vitoriosos por 3 a 2”, comemorou o andreense.

Ontem, os jogadores tiveram apoio de parte da delegação brasileira nas arquibancadas, entre eles Marta, eleita seis vezes melhor jogadora de futebol do mundo.

Equipe termina disputa com 15 medalhas

O Brasil terminou os Jogos Olímpicos da Juventude, em Buenos Aires, com 15 medalhas (duas de ouro, quatro de prata e nove de bronze), em 38ª. Comparando com Nanquim, em 2014, os brasileiros subiram mais ao pódio, mas menos vezes no lugar mais alto, tanto que na China terminou com seis ouros, seis pratas e um bronze, em nono. A competição é disputada por atletas de até 18 anos.

Mesmo com desempenho inferior, o COB (Comitê Olímpico do Brasil) aprovou. “Estamos satisfeitos com os resultados. Ainda há muito trabalho a ser feito com esses jovens, mas as 15 medalhas conquistadas em nove diferentes modalidades demonstram que temos geração promissora. Além dos resultados esportivos, o mais importante foi proporcionar a primeira experiência olímpica a eles”, afirmou Sebástian Pereira, chefe da missão brasileira em Buenos Aires e gerente executivo de alto rendimento do COB.

Uma das modalidades que tiveram relativo destaque foi o boxe, que conquistou ouro com o baiano Keno Marley no peso médio (-75kg) e o bronze com Luiz Gabriel Oliveira, o Bolinha, neto do andreense Servílio de Oliveira, no peso mosca (-52kg). A medalha, aliás, é simbólica porque, de certa forma, o neto repete o avô famoso, que há exatamente 50 anos, no México, conquistou a primeira medalha do Brasil em Jogos Olímpicos, também com bronze. 




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