O primo do ditador iraquiano deposto Saddam Hussein, “Ali, o Químico”, e outros dois ex-dirigentes de seu regime foram condenados à pena de morte neste domingo pelo Alto Tribunal Penal iraquiano. Eles foram considerados culpados do genocídio de 182 mil curdos em 1988.

Os ex-dirigentes foram julgados com outros três membros do antigo regime por genocídio, crimes de guerra e crimes contra a humanidade, durante uma campanha batizada de operações Anfal. O movimento era responsável por execuções em massa e bombardeios químicos no Curdistão iraquiano (norte).

Principal acusado e primo de Saddam, Ali Hassan al Majid, apelidado de “Ali, o Químico”, foi condenado à forca após ser declarado culpado de ordenar às forças de segurança que utilizassem armas químicas contra os curdos. Também foram condenados à morte o ex-ministro iraquiano da Defesa, Sultan Hachim al-Tai, e Hussein Rachid al Tikriti, ex-diretor adjunto das operações militares no Iraque.

No total, seis acusados foram apresentados perante o Alto Tribunal Penal iraquiano, uma jurisdição criada especialmente para julgar os dirigentes do antigo regime. A promotoria havia pedido em abril a pena capital contra cinco deles.

Outros dois acusados, Farhan al Juburi e Sabir al Duri, ex-responsáveis dos serviços de inteligência militar, foram condenados à prisão perpétua, enquanto as acusações foram retiradas de uma sexta pessoa, o ex-governador de Mossul (norte) Taher al Ani, por “falta de provas”.