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Eficiência fora é desafio do São Caetano pela Série B

Missão diante do líder Coritiba, na Arena Joinville,
é vencer a primeira longe de casa na Série B

Por Marco Borba
Do Diário do Grande ABC
10/08/2010 | 07:01
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Animado pelo reencontro com a vitória na Série B do Campeonato Brasileiro diante do Guaratinguetá, no sábado, o São Caetano tem hoje (21h), na Arena Joinville, difícil desafio diante do líder Coritiba: vencer a primeira partida longe do Anacleto Campanella. O confronto será em solo catarinense por conta da perda de mando do Coxa após a briga entre torcedores e policiais no Estádio Couto Pereira no jogo contra o Fluminense, que resultou na queda dos paranaenses em 2009.

Das cinco partidas disputadas em território inimigo, o Azulão perdeu dois (Bahia e Portuguesa) e empatou três (América-RN, Brasiliense e Bragantino).

Os jogadores admitem que chegou o momento de passar para o campo prático e buscar os primeiros três pontos fora. Afinal, as vitórias em domínio adversário são imprescindíveis para qualquer equipe que queira conquistar o acesso.

"Um exemplo é o Ceará, que no ano passado subiu para a Série A porque venceu algumas partidas fora. Claro que a gente sempre joga para vencer, mas temos de ser cautelosos, porque o Coritiba é uma boa equipe. Um empate também não seria mau resultado para a gente", analisou o lateral-direito Artur, que já marcou dois gols em partidas do São Caetano em campo inimigo, um contra a Portuguesa na derrota por 3 a 1, no Canindé, e outro no empate (3 a 3) com o América-RN, em Natal.

O técnico Sérgio Guedes também avalia que o São Caetano deve ser mais cauteloso nas partidas como visitante, porém sem perder a característica ofensiva.

"Mesmo fora o time é ofensivo e envolve o adversário. Foi assim contra o Bahia e a Portuguesa. Criou chances mas não fez. Levou os gols e depois quis resolver de forma apressada. Aí é suicídio. Temos é que atuar mais agrupados, diminuir os espaços. Porém, temos de agredir também", comentou.

O treinador destacou não acreditar que o adversário vá se lançar ao ataque e exercer pressão desde o início, mesmo sendo o líder do torneio.

"O Coritiba tem bons jogadores e característica similar às do São Caetano e do Figueirense, que é o envolvimento do adversário. Temos de estar preparados para evitar isso, mas não é característica do Ney (Franco, técnico do Coxa) se expor e dar espaços", ponderou.

O Azulão - sexto colocado com 21 pontos - não contará com o atacante Hugo, que pertence ao Coritiba e por motivo contratual - está emprestado até o fim do ano - não pode jogar.

O mesmo acontece com Triguinho e Betinho, que no início da Série B foram emprestados à equipe paranaense. Além da dupla, Ney Franco também não terá o lateral-direito Ângelo, que cumpre suspensão pelo terceiro cartão amarelo. O treinador não divulgou quem serão os substitutos.

 
Azulão é visitante incômodo
Os dois últimos confrontos entre São Caetano e Coritiba foram pela Série B de 2007 - uma vitória do Azulão e um empate. A equipe paulista leva vantagem nos confrontos. No primeiro, pelo Brasileirão de 2001, houve empate (1 a 1). De lá para cá ocorreram mais 13 jogos, com seis vitórias do São Caetano, duas do Coxa e cinco empates.

A última vitória paranaense foi no Brasileiro de 2004. Ao todo, já são nove jogos sem supremacia do Coxa ao Azulão.

No entanto, os jogadores do São Caetano preferem olhar para o presente.

O volante Augusto Recife, que deve fazer a segunda partida como titular - voltou ao time diante do Guaratinguetá na rodada passada - e busca a sequência de jogos para se firmar ao lado de Moradei, entende que a equipe deve se concentrar para tentar os primeiros três pontos fora de casa.

No entanto, adotou o discurso da cautela. "Vamos enfrentar o líder. Sabemos das nossas condições, porém temos de ter consciência de que o empate não seria mau resultado. Depois podemos buscar os três pontos contra o Icasa aqui (no Campanella)", comentou.

O jogador ficou 40 dias afastado se recuperando de cirurgia no joelho direito. "Fisicamente estou bem. Nesta partida (contra o Guaratinguetá) já aguentei os 90 minutos. Só preciso agora recuperar o ritmo de jogo. Espero conseguir isso o mais rápido possível para ajudar a equipe", disse.

Augusto Recife concorda que, para seguir na briga pelo acesso, além de fazer a lição de casa vencendo os jogos, a equipe precisa buscar os três pontos fora.

"De fato isso é necessário. Nosso time tem característica ofensiva e sempre buscamos a vitória, mesmo atuando fora. Criamos chances mas não concluímos. Depois levamos gols e não conseguimos reverter. Acho que falta esse equilíbrio. Acredito que, no momento em que conseguirmos a primeira vitória fora, vamos encaixar boa sequência", analisou.

O meio-campista entende que a equipe não precisa usar a receita dos times visitantes no Anacleto Campanella - se fecham e jogam nos contra-ataques. "Temos criado, só precisamos acertar mais nas conclusões. Aí as vitórias fora vão acontecer."




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