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Para Anastasia, sucesso do PSDB em 2018 depende de governo Temer
16/08/2016 | 01:49
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O senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) torce pelo sucesso do governo Temer para facilitar a chegada do PSDB à presidência em 2018. O tucano fez um balanço positivo do governo peemedebista até então, minimizando críticas recentes dos colegas de legenda.

Analisando as chances de o PSDB chegar à presidência em 2018, o tucano disse que a melhoria da situação econômica do País nos próximos dois anos pode alavancar o PSDB, que é parte forte do governo Temer.

"Se conseguimos engrenar, conseguimos fazer reforma, a economia volta a crescer, isso acaba sendo preponderante até no humor das pessoas", disse o senador em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura. Questionado se o PSDB tem que "torcer" para o governo dar certo, o tucano respondeu que "o Brasil tem que torcer".

O senador também minimizou críticas feitas em artigo do Instituto Teotônio Vilela, ligado ao PSDB, e ponderou que o governo atual teve pouco tempo para trabalhar. "É um momento de transição. Agora mais ainda, por ser um governo interino. Exigir agora do governo Temer é muito. Por enquanto, na minha opinião, está bom. Mas é todo um processo", disse Anastasia.

Entretanto, não faltaram críticas à condução das receitas, aspecto que tem sido muito questionado pelo PSDB, que defende uma postura econômica mais austera e com cortes de gastos. "Nesse momento, a despesa deve ser mais combatida. Quando houver um corte pleno e abrupto de despesas desnecessárias, será mais fácil reverter o quadro econômico", disse.

Quanto aos três principais presidenciáveis do PSDB, Aécio Neves (MG), José Serra (SP) e Geraldo Alckmin (SP), Anastasia não escondeu sua predileção pelo conterrâneo mineiro, mas elogiou os demais colegas de partido. Ele também negou que haja rivalidade entre os políticos e afirmou que não há nenhuma intenção de Serra de deixar o PSDB.

Impeachment

Anatasia, que também foi o relator do processo de impeachment, desviou de questões que compararam as acusações que ele imputou à presidente Dilma Rousseff com resoluções fiscais semelhantes que tomou durante o seu próprio governo no Estado de Minas Gerais.

Para o senador tucano, não há comparação, já que a acusação sobre pedaladas fiscais com bancos públicos não poderiam ter sido feitas em seu governo, visto que não há bancos públicos estaduais em Minas Gerais. Anastasia não chegou a debater o fato de que o Ministério Público Federal não considera as pedaladas como crime e pediu o arquivamento do processo contra Dilma.

No que diz respeito a edição de decretos de créditos suplementares, medida que o tucano também utilizou no governo de Minas Gerais, Anastasia respondeu que essa restrição não existe na lei estadual. Desta forma, Dilma pode ser punida, mas ele não. (Isabela Bonfim)




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