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Salada retrô do Skank
Julio Ibelli
Especial para o Diário
02/10/2008 | 07:06
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O Skank brinca com a memória do público em Estandarte (Sony BMG, R$ 20 em média), nono CD de inéditas dos mineiros. Para o tecladista Henrique Portugal, que falou na última quarta-feira por telefone do Rio, a suposta ousadia do novo disco é, na verdade, um retorno aos elementos do início da carreira de 17 anos.

"Mas com brinquedinhos novos", admite, citando os pianos antigos como os trazidos ao Brasil pelo LCD Soundsystem, projeto de um homem só do papa da moderna dance music, James Murphy. Isso e a pegada do produtor Dudu Marote explicam os rumos eletrônicos de Estandarte, que também chega a soar um pouco como o indie rock inglês, sempre a se reciclar, agregando influências do passado.

Coincidência ou não, amplificadores daquele país também estiveram entre as aquisições de Portugal durante a gravação do disco que, ainda de acordo com o tecladista, ocorreu de forma mais orgânica e natural, como há muito o Skank não fazia. Mas nada contra a tecnologia, já que ele é um entusiasta das novas ferramentas para divulgação das bandas independentes, e mantém inclusive um programa virtual sobre o assunto, acessível pelo site www.programafrente.com.br.

E o que a gravadora tem a dizer sobre essa salada musical retrô? "É unânime a opinião sobre o potencial de Ainda Gosto Dela", diz, sobre o primeiro single, gravado com Negra Li. "Acho que podemos incorporar mais duas músicas desse CD ao nosso baile", especula, em referência aos sempre animados shows do grupo.




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