Segundo ele, os subornos foram feitos para ter vantagens comerciais em alguns torneios, como a realização de edições da Copa America. Ele não revelou mais detalhes sobre quem recebeu tais recursos e fez os comentários em depoimento no julgamento do ex-presidente da CBF, José Maria Marin, que aconteceu na Corte do Distrito Leste de Nova York. Burzaco é uma das principais testemunhas de acusação no maior escândalo de corrupção da história da Fifa.
Burzaco afirmou que enquanto esteve na condução da Torneos y Competencias, obteve uma fortuna próxima a US$ 100 milhões. Perguntado pelo advogado de Manuel Burga, ex-presidente da Federação Peruana de Futebol, que também está sendo julgado, se o fato de ter obtido tantos recursos foi porque esteve ao lado das pessoas certas no mundo do marketing esportivo na Argentina, ele respondeu: "O fato de estar aqui parece que me alinhei com as pessoas erradas". Também foi julgado Juan Angel Napout, ex-vice presidente da Fifa.
Alejandro Burzaco admitiu que formou uma aliança com Julio Grondona, que foi presidente da Associação do Futebol Argentino por três décadas e faleceu em 2014, para fazer negócios com esportes em seu país. Ele reconheceu que obedecia também orientações de Grondona para pagar propina para determinadas pessoas a fim de ser favorecido comercialmente.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.