As boas notícias parecem estar distantes dos 128 trabalhadores demitidos da Cross Hueller, metalúrgica em Diadema. A emenda do feriado de São João para o setor judicial prejudicou o andamento do processo de recebimento do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço).

Há 90 dias acampados em frente à sede da empresa para evitar que os equipamentos sejam retirados, os trabalhadores conseguiram o direito de sacar o FGTS, mesmo antes da rescisão da empresa, porém, um erro no número do CNPJ comprometeu o processo.

"Agora precisamos que a juíza que está cuidando do caso emita uma retificação para que seja possível sacar o valor na Caixa Econômica Federal, mas com essa emenda de feriado, provavelmente só vamos conseguir o dinheiro na primeira semana de julho", lamentou um dos demitidos, Célio Morgado.

A metalúrgica fechou as portas depois que a GM (General Motors) cancelou contrato no valor de R$ 43 milhões. A montadora prometeu depositar R$ 16 milhões, para suprir as despesas do cancelamento. Os trabalhadores esperam, há cerca de um mês, que R$ 6 milhões deste total sejam destinados para quitar as rescisões.