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Reali se organiza para quitar reajuste a servidores
Por Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
19/11/2012 | 07:00
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A administração do prefeito de Diadema, Mário Reali (PT), se estrutura para pagar a última parcela do reajuste aos servidores públicos. O acordo firmado em agosto do ano passado previu aumento de 12,46% nos salários dos funcionários, mas parcelado em cinco bimestres, sendo que a última etapa estava condicionada à capacidade financeira da Prefeitura.

"A tendência maior é que consigamos pagar a última parcela. Todos os esforços estão sendo feitos para isso", disse o chefe de Gabinete, Osvaldo Misso (PT). O valor da última parcela é de 1,46%. As outras quatro foram quitadas sem registro de problemas.

Dados da última audiência pública da Secretaria de Finanças sobre o segundo quadrimestre mostram que a situação econômica da administração não está confortável. Nos últimos 12 meses, a despesa com servidores atingiu 51,09% da receita corrente líquida do Executivo, percentual muito próximo do limite prudencial estipulado pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

A folha salarial consumiu R$ 387,7 milhões dos cofres públicos. A projeção para o item prudencial é de R$ 389,3 milhões. O teto legal para gastos com funcionalismo é de 54% da receita corrente líquida - a estimativa é de R$ 409,8 milhões.

O engessamento das contas públicas foi a principal justificativa do governo Reali para não oferecer aumentos reais aos salários dos servidores. A queda de braço entre Prefeitura e o Sindema (Sindicato dos Servidores Públicos de Diadema) teve início em fevereiro do ano passado, com a primeira recusa da proposta ínfima de reajuste salarial.

Em abril, o Sindema declarou greve geral nos serviços municipais. A paralisação durou 23 dias - a maior da história da cidade - e só teve fim após o Executivo obter vitória no TRT (Tribunal Regional do Trabalho). Os cerca de 7.000 servidores só aceitaram a proposta cinco meses depois a determinação do TRT. Além dos 12,46% de reajuste fracionados em cinco parcelas, o governo deu R$ 400.

 

PLANO DE CARGOS

Segundo item de discussão do funcionalismo, o PCCV (Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos) não vai sair do papel até o fim da gestão Reali. O item chegou até a ser discutido por integrantes do governo e representantes do Sindema, mas ficou em segundo plano devido à eleição municipal.

Caberá ao prefeito eleito, Lauro Michels (PV), reconduzir as negociações. O verde prometeu durante a campanha implementar o PCCV para aumentar salários de médicos e professores da rede pública.




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