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Busca por um reencontro fantástico

Longa-metragem ‘Dois Irmãos’ revela aventura em família e conexão com o passado

Luís Felipe Soares
Diário do Grande ABC
29/02/2020 | 23:59
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Divulgação


O contato de Ian e seu pai existe somente por meio de lembranças que outras pessoas têm dele. Ele guarda fotografias e um moletom que o patriarca usava antes de ficar doente e morrer. A única chance de reecontrá-lo, nem que seja por pouco tempo, é utilizando um tipo de magia que ele não sabia existir. Felizmente, Ian faz parte de universo diferente onde elfos, centauros, fadas, ciclopes, unicórnios e outros tipos de criaturas fantásticas existem e, praticamente, tudo é possível.

O resgate da lembrança mágica desse mundo e o sonho familiar do adolescente movimentam as ações ao longo do filme animado Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica, mais recente produção dos estúdios Disney/Pixar. Entre esperanças, conflitos, desafios, momentos de superação e duelos medievais um tanto quanto modernizados, o título chega aos cinemas brasileiros na quinta-feira e cópias estarão em salas do Grande ABC a partir de semana que vem.

A ideia do drama familiar agita a casa de grupo de elfos que lembra muito a realidade. Apesar de tantos elementos especiais mostrados desde o início do longa-metragem, a trama revela que diversos avanços tecnológicos, a exemplos de energia elétrica e carros, moldaram suas vidas. No meio dessas diferenças entre passado e presente, Ian celebra aniversário e ganha de presente cajado capaz de o ajudar a conjurar diversos feitiços, inclusive um que traz seu pai à vida por 24 horas. A magia não ocorre 100% e apenas as pernas do patriarca surgem, sendo necessário ir atrás de pedra especial que será capaz de concluir o serviço.

Todo o aprendizado do adolescente sobre seu novo papel como mago ocorre por meio do irmão mais velho, Barley, fã de RPG (iniciais de role-playing game, modalidade de jogo no qual a pessoa assume o papel de personagens e segue narrativa específica que irá gerar suas ações, com a brincadeira, geralmente, envolvendo tabuleiros, peças especiais e dados) e de toda a história da chamada Era de Ouro de seus ancestrais. Seu jeito atrapalhado acaba por irritar as pessoas, com o bom coração tentando compensar as encrencar em que se mete.

Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica brinca com a ideia de um mundo mágico onde a magia parece não ter mais espaço. Retomando essa característica, Ian sonha em ver o pai pela primeira vez, mesmo que demore a perceber que a aventura – como ocorre na maioria delas – seja sobre autoconhecimento, com a conexão com o irmão podendo ser mais poderosa do que qualquer feitiço.

Elfos são populares em lendas que envolvem mundos internacionais

Toda a ideia de magia mostrada em Dois Irmão – Uma Jornada Fantástica gira em torno do fato de que os personagens são elfos, criaturas fantásticas que comumente são ligadas a esse tipo de ação. Podem ser vistas em aventuras de diversas linguagens culturais, como literatura, cinema, videogames e RPGs, ao longo do tempo.

Entre diversas possibilidades sobre sua origem, a mais conhecida remete ao folclore celta e escandinavo. As lendas que falam sobre os elfos teriam surgido há muitos séculos, no passado de países como Noruega, Suécia, Inglaterra e Irlanda, por exemplo.

Além da capacidade mágica, outra famosa característica espalhada pelo mundo são as orelhas pontudas. Podem ser bons ou malvados. Há relatos sobre eles serem brancos, pretos, cinzas, azuis, rosas e roxos – essas últimas cores sendo a base para o estilo dos personagens mostrados em Dois Irmão – Uma Jornada Fantástica.

Detalhe que é figura sempre presente em histórias que remetem a universo fantástico e que contam com características da Idade Média real, caso do universo da saga literária e da cinessérie O Senhor dos Anéis, escrita pelo britânico J. R. R. Tolkien (1892-1973), também autor de O Hobbit. Por causa da grande popularidade da história mundialmente dentro da cultura pop, sua representação nos livros e mostrada nas telas acaba sendo espécie de referência quando se fala desse tipo de criatura. O personagem Legolas, arqueiro de cabelos loiros e orelhas pontudas, é um dos símbolos da versão desenvolvida por Tolkien.

O longa é dirigido pelo norte-americano Dan Scanlon, também responsável pela animação ‘Universidade Monstros’ (2013);

Na versão em inglês, o personagem Ian é dublado pelo ator Tom Holland (que vive o atual Peter Parker, o Homem-Aranha) e Barley tem voz de Chris Pratt (o Senhor das Estrelas, do grupo de heróis ‘Guardiões da Galáxia’);

Barley chama sua van de Guinevere, nome em referência à rainha da lenda do Rei Arthur.
 




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