A Libertadores terá a reedição da final de 1962: 49 anos depois, Santos e Peñarol decidirão o torneio mais cobiçado das Américas. Naquela oportunidade, o Peixe levou a melhor. Desta vez, os uruguaios prometem dar trabalho, sobretudo se seguirem jogando defensiva e ofensivamente muito bem como se apresentaram contra o Vélez Sarsfield.

Ontem, no segundo duelo semifinal, o Peñarol (que venceu o primeiro jogo por 1 a 0) viveu tensão igual ou pior à dos santistas no dia anterior: saiu na frente no placar, viu o adversário empatar, virar e, empurrado pela torcida, aplicar pressão intensa. Mas aproveitando pênalti perdido por Santiago Silva, segurou o Vélez como pôde e os 2 a 1.

Desde o primeiro tempo o Peñarol justificou porque era semifinalista da Libertadores. Nos primeiros minutos, apesar da necessidade dos argentinos vencerem, soube tocar a bola com paciência e inteligência. O meia Martinuccio, que interessa ao Palmeiras, desequilibrava em favor dos uruguaios. Tanto que o gol da equipe aurinegra saiu de lance criado por ele: aos 33, mesmo cercado por dois, deu passe milimétrico para Mier que, livre, chutou cruzado e abriu o placar. No lance seguinte, Oliveira poderia ter marcado o segundo, mas Barovero salvou.

O Vélez não se entregou. Aos 41, Papa tocou para Martinez que, em condição legal, empatou, mas o juiz anulou. Cinco minutos depois, porém, após falta cobrada e rebote de Sosa, Tobio igualou.

Foi aí que o personagem do jogo mudou: Santiago Silva, El Tanque (ex-Corinthians), marcou o gol da virada argentina. Aos 25, após trama do ataque, o atacante fuzilou: 2 a 1.

Quatro minutos depois, Guillermo derrubou Martinez na área e o árbitro marcou pênalti. Santiago Silva chamou a responsabilidade para si, correu e, na hora da cobrança, escorregou, mandando a bola por sobre o gol. Foi o suficiente para o Vélez e a torcida murcharem e entregarem os pontos.