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Santo André sedia conferência regional de economia solidária
Por Soraia Abreu Pedrozo
Do Diário do Grande ABC
20/03/2010 | 07:00
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Na sexta-feira Santo André vai sediar a 2ª Conferência Regional de Economia Solidária, que abrange o Grande ABC e o Litoral Sul. A primeira edição ocorreu em São Bernardo. O evento é aberto ao público e vai reunir, entre os dias 26 e 27, representantes das prefeituras, do Fórum Brasileiro da Economia Solidária paulista e federal, do Fórum Social do Grande ABC e de empreendimentos da economia solidária.

A conferência tem o objetivo de discutir as formas de produção autogestionárias, ou seja, da utilização coletiva da propriedade, que não possui um único dono. "A ideia é realizar debates entre os presentes buscando melhor entendimento das ações já empregadas e sobre as metodologias utilizadas para a incubação de cooperativas", explica Hernan Vilar, diretor do departamento de geração de trabalho, emprego, qualificação e renda da Prefeitura de Santo André.

A economia solidária, segundo Vilar, deve ser compreendida como uma forma de inclusão econômica. "E é papel do governo, da iniciativa privada e das universidades promover essa inclusão, disponibilizando conhecimento, meios de produção e, então o acesso ao capital."

COOPERATIVA - Durante o evento, serão apresentados, também, casos de sucesso na economia solidária. Um dos que serão citados é a Coopstilus, uma cooperativa de costureiras que está prestes a sair da Ipeps (Incubadora Pública de Empreendimentos Populares e Solidários) para caminhar sem o auxílio da ferramenta da Prefeitura.

A Coopstilus está incubada desde o fim de 2007 e cada uma das sete costureiras consegue obter, em média, R$ 500 mensais costurando uniformes para indústrias, bufês e sacolas.

Segundo uma das integrantes, Lourdes Ferreira Souza, 46 anos, a expectativa é que elas consigam seguir "com as próprias pernas" e, até o fim do ano, dobrem seus ganhos, chegando a R$ 1.000. "Vamos ver se aparecem mais clientes", diz.

Enquanto estiveram incubadas, passaram por três etapas: o desenvolvimento de um plano de negócios feito pelo Sebrae-SP, a verificação da viabilidade do empreendimento pelo Senai e a viabilização do plano de negócios pelo Senac. E, ainda, a negociação com o Banco do Povo para a oferta de crédito à cooperativa.

Segundo Vilar, essa será uma regra a partir da conferência, quando serão lançados, oficialmente, os convênios com as entidades.

Outra novidade será o termo de cooperação tecnológica firmado com as universidades do município. Fundação Santo André e FGV Strong já confirmaram. As negociações seguem com a UniABC. "Estamos promovendo a adoção de empreendimentos populares pelas universidades", conta Vilar.

O objetivo é fazer com que alunos de Administração, por exemplo, ao criarem uma empresa fictícia para serem aprovados pelo TCC (Trabalho de Conclusão de Curso), desenvolvam plano de viabilidade financeira, marketing, negócios e criem produtos, oferecendo a troca de conhecimento.

Para se inscrever para o evento basta enviar e-mail para fomtes1@gmail.com ou ligar para (11) 4979-3606 e 4979-3629.




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