O Grande ABC se destaca quando o assunto é a compra da casa própria. Segundo o balanço deste ano da Caixa Econômica Federal, a região bateu recorde nos últimos cinco anos. O orçamento para este ano destinado a financiamentos habitacionais era de R$ 405 milhões, sendo que até o mês passado esse valor atingiu os R$ 485 milhões - somando um total de 7.650 contratos. Houve uma acréscimo de aproximadamente 25% em relação ao ano passado - um crescimento de 2.242 contratos, o maior desde 2003.

Do total de contratos assinados até o momento neste ano, 4.150 utilizaram os recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), e o restante os recursos do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo).

E não deve parar por aí. Porém, segundo o economista Sandro Maskio, professor da Universidade Metodista, em São Bernardo, com a crise financeira mundial os próximos dois anos (2009 e 2010) devem apresentar desaceleração no crescimento, não só do setor imobiliário, como outros segmentos, mas não queda. "O mercado vive de ciclos. Há ainda muita oferta e demanda. Donos de imóveis usados estão tentando vender suas propriedades. Além disso, as condições de financimento são facilitadas em comparação há 10 anos".

A instituição estatal acompanha a expectativa, e é ainda mais positiva. "Para o ano que vem, caso o cenário se configure como neste ano, podemos alcançar o total de R$ 600 milhões em financiamentos", disse o gerente regional de habitação da Caixa, José Antônio de Oliveira.

PAÍS - A Caixa superou as expectativas de crescimento. Até novembro foram assinados 446 mil contratos no valor de R$ 20,4 bilhões, que representa um crescimento de 60% em relação ao mesmo período de 2007, quando o banco alcançou R$ 12,7 bilhões. Até o fim do ano, a instituição estima aplicar R$ 22,8 bilhões e alcançar 500 mil financiamentos.

Neste ano, foram assinados 1.924 contratos em média, por dia, o que corresponde a cerca de R$ 88 milhões.