Cultura & Lazer Titulo Roberto Carlos
Homenagem ao rei
Dojival Filho
Do Diário do Grande ABC
27/06/2008 | 07:05
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Líder máximo da Jovem Guarda nos anos 1960, Roberto Carlos transformou-se em criador de pérolas românticas para o público adulto na década seguinte e, desde então, é referência obrigatória para gerações de compositores. Hoje, a partir das 22h, no Espaço Cultural Cidadão do Mundo, em São Caetano, membros das bandas Zói de Gato, Sotádicos e Mama Gumbo reúnem-se para homenagear a obra do ícone no show Ave, Robertão. Os ingressos custam R$ 5.

O conjunto é formado por Sérgio Basseti (guitarra), Luiz ‘Jesus' (baixo), Felipe Cirilo (bateria), Katia Aqkino (vocal), Alex Cruz (teclado), Márcio Bononi (percussão)e Rafael Cirilo (vocal e teclado). No palco, o grupo apresenta canções da fase mais inventiva da trajetória do artista, segundo uma parcela significativa de seus fãs e da imprensa especializada. Esse período especialmente criativo de Robertão começou na fase das ‘jovens tardes de domingo' e terminou na primeira metade da década de 1970.

Pérolas pop - Amparado pelo eterno parceiro Erasmo Carlos, o cantor criou pepitas do iê-iê-iê nacional, como As Curvas da Estrada de Santos e Se Você Pensa. O set list inclui ainda composições de outros autores interpretadas pelo ídolo, caso de O Sósia, escrita por Getúlio Cortes, e Não Vou Ficar, clássico de Tim Maia gravado na época em que o ‘monarca da MPB' viveu rápido, mas intenso, flerte com o soul.

"Quando a gente foi escolher o repertório, se concentrou nas músicas dele gravadas até 1973. Não gosto muito das coisas que que ele fez nos anos 1980", explica o guitarrista Basseti.

Sem ter acompanhado o auge da carreira do astro, o instrumentista, de 34 anos, teve o primeiro contato com as músicas do rei na infância, quando Robertão cantava sobre a defesa da Amazônia e a proteção às baleias. Por isso, seu interesse pelas criações do homenageado só foi despertado na fase adulta.

"Quando comecei a sacar o Roberto, vi que a música dele é muito interessante. É curiosa a maneira como ele harmoniza, faz as mudanças de tom e divide as sílabas. Apesar de parecer que só escrevia coisas bobinhas, e não estava nem aí para a ditadura militar, ele revolucionava pela música jovial que fazia e pelo jeito despojado de ser", ressalta o guitarrista.

Ave, Robertão - Hoje, a partir das 22h. No Espaço Cultural Cidadão do Mundo - Rua Rio Grande do Sul, 73, São Caetano. Ingr.: R$ 5. Site:
www.cidadaodomundo.org.br




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