A Seleção Feminina de Futebol do Brasil foi derrotada nos pênaltis por 4 a 3 pelo Canadá, após empate por 1 a 1 no tempo normal e perdeu a oportunidade de conquistar o bicampeonato pan-americano. Superiores em quase todo o jogo, as brasileiras sucumbiram ao futebol de resultado das adversárias.

As equipes fizeram campanhas idênticas até chegarem à decisão do ouro no Pan-Americano: três vitórias e um empate, registrado justamente no confronto entre as duas seleções ainda na fase de classificação.

Com o resultado, as brasileiras não conseguiram concretizar um outro desejo, o de conquistar o ouro como forma de homenagear o pai da lateral-direita Maurine, morto no domingo. Segundo a jogadora, antes de viajar para o México, em uma visita ao pai no hospital, ele teria pedido para a filha trazer o ouro para o Brasil.

As brasileiras foram melhores desde o início, porém encontraram dificuldade por conta da forte marcação e erros de passe. As canadenses pareciam excessivamente cautelosas nos primeiros minutos. Preocuparam-se apenas em marcar e levaram o gol logo aos três minutos. Sozinha no ataque, Débora puxou a marcação de três adversárias e arriscou o chute da entrada da área. A bola foi no ângulo (1 a 0).

Após o gol, as brasileiras seguiram no comando da partida e criando boas chances, mas desperdiçando as oportunidades de ampliar. As canadenses pouco ameaçaram. Cautelosas, só se arriscaram nos contra-ataques. Assim criaram poucas situações de gol. A melhor delas aos 33 minutos. Sesselmann arrancou pela esquerda, driblou a marcação brasileira, invadiu a área e chutou forte, rasteiro. Bárbara defendeu em dois tempos e para sorte do Brasil não apareceu ninguém para aproveitar o rebote.

Na etapa complementar, as comandadas do técnico Kleiton Lima também foram superiores, mas abusaram da plasticidade nas jogadas e perderam ao menos três chances concretas de matar o jogo.

Nos minutos finais veio o castigo. Ao perceberem a empolgação das brasileiras e o fato de aparentemente demonstrarem cansaço já que correram bastante para tentar garantir logo o resultado, as candadenses se soltaram mais e chegaram à igualdade, aos 42 minutos. Após cobrança de escanteio, Sinclair se antecipou a Bárbara e cabeceou para as redes: 1 a 1. e prorrogação.

A igualdede permanceu e, nas cobranças de pênalti, Grazieli e Débora perderam e decretaram a derrota.