O ano mal começou e o preço da cesta básica já subiu. Além de driblar as contas típicas do início do ano, o consumidor precisa encarar a alta de R$ 14,12 dos produtos de primeira necessidade na região, que passaram de R$ 416,54 (última semana de dezembro) para R$ 430,66 – diferença de 3,39%. É o que aponta a pesquisa da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André).

Os itens que compõem o grupo dos hortifrutigranjeiros (verduras, legumes, frutas e ovos) – tiveram alta de 18% – foram os que apresentaram maior elevação nos valores. O preço do quilo da batata, por exemplo, subiu 36,97% e passou a custar R$ 3,26, antes vendido a R$ 2,38. O pé de alface passou de R$ 1,49 para R$ 2,02 (35,57%); o quilo do tomate vendido em dezembro por R$ 3,91 agora é comercializado a R$ 4,94 (26,34%). A cebola não escapou do reajuste: o quilo custa R$ 2,58 (14,16%).

Engenheiro agrônomo da Craisa, Fábio Vezzá De Benedetto conta que a alta foi bastante significativa, já que eram esperadas promoções no início de janeiro devido às férias e o período pós-gastos de fim de ano. “Contudo, o clima quente e úmido influenciou na alta de preços.”

Segundo ele, os hortifrútis são bastante perecíveis, estragam com facilidade. Com o clima mais quente esses itens acabam murchando com rapidez. “Se perde muita mercadoria e as prateleiras dos mercados ficam mais vazias, daí se dá o aumento de preço. Quanto menor a quantidade, maior o valor”, exemplifica.

O feijão também é um item cujo custo se altera rapidamente diante das mudanças climáticas. E a dona de casa sente no bolso: o pacote de um quilo do grão passou de R$ 3,78 para R$ 4,10 de uma semana para outra – aumento de 8,47%.

O litro do leite longa vida é outro item que ficou mais caro. A bebida láctea é vendida hoje por R$ 2,02 (elevação de 2,54%).

QUEDA - Presente nas mesas dos brasileiros no café da manhã, o pãozinho está mais em conta. O quilo do alimento barateou 2,32%: atuais R$ 6,32.

Os dados são resultado da pesquisa semanal feita pela Craisa, que acompanhou o preço de 34 produtos em 15 super e hipermarcados de Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema e Mauá. O levantamento é baseado no consumo de uma família de quatro pessoas (dois adultos e duas crianças), por 30 dias.