Política Titulo Eleição 2014
Paulinho atenua dissidência e diz que maioria da Força apoia Aécio

Líder da entidade justifica que grupo sindical é pluralista; secretário-geral firmou suporte a Dilma

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
09/08/2014 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


O líder nacional do Solidariedade, deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, minimizou o apoio oficial de dirigentes da Força Sindical à presidente Dilma Rousseff (PT), postulante à reeleição, ao afirmar que a maioria aderiu à campanha do senador tucano Aécio Neves ao Planalto. “Encaro com naturalidade (o suporte). A entidade é pluralista, por isso não adianta querer mudar esse cenário de outras adesões. Tem pessoas de todos os partidos, do PT ao DEM”, alegou.

Em evento na quinta-feira, lideranças de seis centrais sindicais, incluindo a Força, formalizaram apoio à petista. Na ocasião, o secretário-geral da entidade, João Carlos Gonçalves, o Juruna, encabeçou o grupo de dissidentes ao projeto de Dilma. “O Juruna possui relação próxima, de amizade, com o pessoal do PT. Teve participação ativa na JOC (Juventude Operária Católica) junto com o Gilberto Carvalho (PT, secretário-geral da Presidência e ex-titular do governo Celso Daniel, em Santo André).”

Comandante licenciado da Força, Paulinho considerou que “é normal” essa divisão dentro de entidades sindicais. Segundo o dirigente, os filiados têm autonomia para definir e engrossar o coro de qualquer candidatura, sem pressão da cúpula. “Cada um escolhe seu caminho. Vejo apoio a vários nomes. Há adesão ao (presidenciável) Eduardo Campos (PSB) também. Porém, grande parte (da central) possui relação direta comigo e com o partido (Solidariedade), seguindo o (suporte ao) Aécio”, defendeu.

Criado no ano passado, o Solidariedade se enveredou em oposição ao projeto petista e foi a primeira legenda a declarar apoio ao PSDB. Liderado pelo ex-ministro do Trabalho Carlos Lupi, o PDT, do qual Paulinho fazia parte, está junto à campanha de Dilma.

Diretor licenciado do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Teonílio Monteiro da Costa, o Barba (PT), pleiteante a uma vaga na Assembleia Legislativa, discordou de Paulinho e sustentou que boa parte da Força “ratifica apoio” a Dilma – o sindicalista esteve no ato de suporte das centrais, ocorrido na Zona Norte de São Paulo. “O (Cícero) Martinha, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá (filiado à Força Sindical), é uma das lideranças. O Paulinho possui história forte ligada aos tucanos, que nada tem a ver com os trabalhadores.”




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