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PPS quer Marinho acionado por improbidade

Ao MP, partido diz que prefeito de S.Bernardo e Cleuza têm responsabilidades sobre indício de fraude

Por Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
12/04/2014 | 07:13
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O PPS de São Bernardo protocolou representação no Ministério Público solicitando que o prefeito Luiz Marinho (PT) e a secretária de Educação, Cleuza Repulho (PT), sejam acionados por improbidade administrativa e sejam afastados de seus cargos.


A alegação da legenda é a de que há elementos suficientes para incriminar os petistas após o Gaeco ABC (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), do Ministério Público, ajuizar ação penal contra Cleuza por fraude às licitações para compra de tênis e mochilas à rede de ensino em 2009.


Assinado pelo presidente da sigla na cidade, o vereador Marcelo Lima, o documento indica que a permanência de Marinho e de Cleuza em seus postos públicos “perturba de qualquer sorte a coleta de provas e o bom andamento do processo”. O PPS cita, além dos editais para compra de tênis e mochilas, as atas de registro de preço dos uniformes e kits escolares.


“É um instrumento que temos para poder investigar, pois não conseguimos ainda instalar a CPI dos Uniformes”, justificou Marcelo Lima. O requerimento para instauração da CPI dos Uniformes conta com oito assinaturas.

Precisa de dez para ir ao plenário e, posteriormente, necessita ser avalizado por pelo menos 15 parlamentares. A bancada de oposição é representada por oito vereadores e apenas um governista aderiu ao pedido de apuração. José Alves da Silva, o Índio (PR), assinou o requerimento no mês passado; o oposicionista Hiroyuki Minami (PSDB) ainda não rubricou o documento.


Na peça encaminhada ao MP, o PPS alegou haver indícios de prejuízo ao erário e enriquecimento ilícito das partes citadas. “Apontamos existência de improbidade administrativa, fraude em licitação, enriquecimento ilícito e favorecimento no certame para aquisição de kits escolares”, argumentou o partido.


Na quarta-feira, o juiz André Gustavo Cividanes Furlan, da 2ª Vara Criminal de São Bernardo, aceitou denúncia oferecida pelo Gaeco ABC contra Cleuza, o ex-consultor de Educação Sérgio Moreira, três procuradores municipais e 15 empresários. Os crimes citados são formação de quadrilha, uso de documentação falsificada, dispensa ilegal de licitação, abertura de possibilidade de modificação de contrato sem autorização e peculato (apropriação indébita de dinheiro público).
 




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