Componentes da CPI da Saned (Companhia de Saneamento Básico de Diadema) adiaram para terça-feira ou quarta-feira o relatório final que colocará fim à investigação sobre a origem e culpados pela dívida de R$ 1,1 bilhão que a autarquia municipal tinha com a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo).

Estava previsto para ontem o anúncio do encerramento dos trabalhos, que não chegaram a nenhuma conclusão sobre o tema. Mas o presidente Atevaldo Leitão (PSDB) e o relator Josa Queiroz (PT) optaram por apresentar parecer sobre a documentação recebida pela comissão, destacando o processo judicial vencido pela Sabesp em outubro do ano passado e o contrato sem licitação com o escritório João Marques de Azevedo Buonaduce – Oscar Moraes e Silva Advogados Associados, que resultou no bloqueio de bens do ex-prefeito Gilson Menezes (PSB).

O relatório de ontem contém mais de 100 páginas e foi avaliado por somente três integrantes: Leitão, Josa e Milton Capel (PV). Célio Boi (PSB) e Luiz Paulo Salgado (PR) não compareceram à reunião, justificando a falta por compromissos externos previamente marcados.

“Na terça-feira ou na quarta-feira vamos nos reunir novamente e discutir o relatório apresentado hoje (ontem). Haverá votação entre os componentes para saber se esse será o relatório final. Depois, levamos o documento à presidência (da Câmara, comandada pelo petista Manoel Eduardo Marinho, o Maninho)”, explicou Leitão.

Representantes da CPI da Saned avaliaram que a investigação perdeu força quando, em setembro, o governo Lauro Michels (PV) aceitou proposta da Sabesp para concessão de 30 anos do serviço de água e esgoto da cidade em troca da amortização total da dívida.