Política Titulo São Bernardo
Marinho critica guardas manifestantes

Chefe do Executivo diz que é inconcebível profissionais ocuparem Câmara

Por Rogério Santos
Do Diário do Grande ABC
03/12/2013 | 07:00
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O chefe do Executivo são-bernardense, Luiz Marinho (PT), condenou a ação dos guardas municipais que apoiaram a manifestação dos profissionais de Educação contrários ao novo modelo do Estatuto do Magistério, que será implantado na cidade. “É inconcebível um profissional de Segurança ocupar prédio público”, considerou o petista.

Os profissionais de Segurança notificados pelo Paço a esclarecerem seus atos contestam a determinação da Corregedoria da GCM (Guarda Civil Municipal), alegando que estavam de folga no dia da ação em conjunto com os educadores, e que a medida não passa de um meio de repreender a categoria.

Marinho sustentou que não há restrição à manifestação promovida pelos guardas, mas criticou o que chamou de “ato de indisciplina”, sem citar a norma em que os servidores podem ser enquadrados. “Independentemente se (o guarda) estava de folga ou não, pressupõe-se que um profissional de Segurança tenha consciência do seu papel. Um guarda municipal à paisana tem obrigação de agir numa situação inesperada.”

A corregedoria da corporação convocou pelo menos 14 profissionais a prestarem esclarecimento sobre a participação na ocupação do plenário da Câmara. A ação conjunta com os educadores impediu a votação do projeto de lei no dia 21. O grupo invadiu o plenário do Legislativo às 11h e permaneceu no local durante 20 horas. Na semana seguinte, a norma foi avalizada, sob forte esquema de segurança.

Segundo Marinho, caberá ao comando da GCM definir se haverá punição aos profissionais que aderiram ao protesto. “Existe um estatuto (da GCM), normas de disciplina e todos têm consciência disso”, disse.

O Sindserv (Sindicato dos Servidores) criticou a postura da administração petista e deixou o departamento jurídico à disposição dos guardas municipais para acompanhá-los durante os depoimentos.

Apesar do ato em apoio aos educadores, os GCMs seguem em defesa de suas reivindicações ao Paço, como a progressão horizontal (adicional por tempo de casa) e bônus por periculosidade no trabalho. O salário base de um guarda municipal em São Bernardo é de R$ 1.300.




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