Agentes de saúde da Vigilância Sanitária de Ribeirão Pires estão fazendo um mutirão contra a dengue no Jardim Esperança, bairro que faz divisa com a região do Jardim Santista, em Mauá, onde foi encontrado no dia 30 de abril um foco de larva do mosquito Aedes aegypti, que transmite a doença. De acordo com informações da assessoria de imprensa da Prefeitura de Mauá, o foco foi identificado em uma armadilha instalada para controle do mosquito.

A gerente da Vigilância Sanitária de Ribeirão Pires, Josiane Bugiga Rebellato, disse que os agentes estão visitando todas as casas do bairro – cerca de 200 imóveis – para verificar se há focos de larvas e orientar os moradores sobre as formas de evitar que o mosquito apareça. Uma das preocupações, segundo Josiane, são as caixas d’água descobertas, que existem em grande quantidade no bairro. “Estamos pedindo para que os moradores lavem e façam a desinfecção dos reservatórios, para depois colocarmos capas de proteção”, disse. Até o começo da tarde desta quinta, os agentes já tinham passado em 72 imóveis do bairro.

De acordo com Josiane, nenhum foco de larva do mosquito foi encontrado este ano no município. “Temos armadilhas espalhadas pela cidade que são analisadas semanalmente.” Outras cinco estavam sendo instaladas na tarde de quinta no bairro.

De acordo com a assessoria de imprensa de Mauá, 16 focos de larvas do mosquito já foram encontrados este ano no município. Na região do Jardim Santista, onde foi identificado o último, 3.889 imóveis já foram visitados por agentes de saúde nos últimos dias.

Casos – De acordo com dados da Secretaria Estadual de Saúde, o Grande ABC não registrou nenhum caso da doença nos quatro primeiros meses deste ano. No mesmo período do ano passado, foram confirmados 41 casos, todos no município de Diadema.

A queda no número de casos de dengue ocorreu em todo o Estado de São Paulo. Entre janeiro e abril deste ano, houve 1.373 casos da doença no Estado, contra 17.150 no mesmo período de 2003. A redução foi de 92%.

A cidade com mais casos confirmados até o momento no Estado é Potim, localizada no Vale do Paraíba, com 554 registros. Mas a cidade já demonstra redução de incidência da doença. Nas últimas três semanas, nenhum caso foi confirmado. São Vicente, com 291 casos, e Caraguatatuba, com 149 casos, vêm a seguir.